Na Copa do Catar, entidade deve faturar mais de US$ 6 bilhões e quebrar o recorde de 2018 (AFP/AFP)
A Copa do Mundo começa neste domingo, 20, e as ações de marketing das marcas patrocinadoras devem começar a pipocar seja nas transmissões televisões e plataformas de streaming seja nas redes sociais.
A estratégia das empresas é potencializar a visibilidade das marcas para compensar os investimentos pesados que fizeram. Para esta edição, a estimativa é de que tenha recebido cerca de US$ 1,7 bilhão em acordos publicitários. O número é da Sports Value, empresa especializada em marketing esportivo.
Segundo o levantamento, a competição deste ano deve render à principal organização de futebol o montante de US$ 6,2 bilhões. O valor contabiliza os US$ 1,7 bi de patrocínios e ainda US$ 3,1 bi de receita com direitos de transmissão e US$ 1,4 com a venda de ingressos, camarotes e venda de produtos.
Para efeito de comparação, na Copa da Rússia, em 2018, até hoje a mais lucrativa da história, a organização registrou um faturamento de US$ 5,4 bilhões, segundo dados de relatório financeiro oficial.
Para a competição, a Fifa trabalha com três tipos de cotas, sendo que o mais valioso é modelo de "parceiros da entidade". A categoria, para além da Copa, garante a presença das empresas em todos os eventos da entidade.
Reúne um grupo seleto composto por:
Os desembolsos para a Fifa giram em torno de uns US$ 100 milhões, de acordo com Amir Somoggi, managing director da Sports Value.
"São grandes anunciantes para poder bancar não somente os patrocínios, mas também as ativações. Para essas marcas, o gasto de ativação pode ser três a quatro vezes maior que o investimento. Se gasta US$ 100 milhões em uma cota, pode gastar outros US$ 300 para ativar", afirma.
O grupo reúne desde empresas com quem a Fifa tem acordos de longa data como a Adidas, parceira desde a década de 1970, até novatas. A Qatar Airways entrou em 2017 e a QatarEnergy em 2021, por exemplo, acordos associados com o fato de o país ser a sede da competição.
Em um segundo grupo, estão as "patrocinadoras oficiais da edição", marcas dispostas a pagar entre US$ 35 milhões e US$ 50 milhões por participação.
No Catar, a categoria reúne as americanas Budweiser e McDonald's, a cingapurense Crypto.com, a edtech indiana Byju e as chinesas Vivo (empresa chinesa de tecnologia e celulares, e não a brasileira Vivo), Hisense (eletrodomésticos e eletrônicos) e Mengniu (fabricação de laticínios e sorvetes).
O último grupo é formado por "parceiros regionais", modelo que permite que as marcas ativem a copa regionalmente. Foram criaram 20 cotas, quatro para cada parte do mundo segundo uma divisão criada pela entidade - 12 foram comercializadas.
Os valores para cada companhia ficam entre US$ 15 a 20 milhões, de acordo com o especialista.
A América Latina está representada por:
Europa:
América do Norte e Central
África e Oriente Médio:
Ásia-Pacífico:
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