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Quem é a Wine, clube de vinhos que busca um IPO de R$ 1 bi

A companhia foi uma das pioneiras no setor, mas hoje a concorrência é mais acirrada: cerca de 15% das vendas de vinhos finos no Brasil já são feitas online

Wine: A companhia surgiu em 2008, em Vila Velha, ES, e tem 1 milhão de clientes (Don Guerino/Divulgação)

Wine: A companhia surgiu em 2008, em Vila Velha, ES, e tem 1 milhão de clientes (Don Guerino/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 29 de agosto de 2020 às 13h00.

Última atualização em 30 de agosto de 2020 às 09h37.

A Wine, varejista brasileira de vinhos pela internet, está se preparando para abrir capital da bolsa. São mais de 170 mil sócios do clube Wine, que oferece descontos, vantagens em promoções e frete grátis, além de 1 milhão de clientes em seu site. 

A companhia, que se apresenta como o maior clube de vinhos do mundo, está contratando bancos os Itaú BBA, XP, BTG Pactual e Bank of America para fazer o seu IPO, diz a coluna Broadcast do Estadão. A empresa planeja levantar 1 bilhão de reais na oferta de ações. Procurada por EXAME, a empresa diz que não comenta sobre os planos para IPO. 

A companhia se beneficiou do aumento no consumo durante a pandemia. “O e-commerce da Wine está vendendo até 40% mais do que antes da pandemia, e o interesse pelo clube de assinatura aumentou em 30% o volume de captações de novos sócios”, afirmou Alexandre Magno, diretor de e-commerce da Wine, em maio a EXAME. Cerca de 80% das vendas vem de vinho tinto. 

Embora a companhia tenha sido uma das pioneiras no setor, hoje a concorrência é mais acirrada. Cerca de 15% das vendas de vinhos finos no Brasil já são feitas pela internet. 

A companhia surgiu em 2008, em Vila Velha, ES. Dois anos depois, criou o Clube Wine, o seu serviço de assinaturas. Logo também abriu um novo centro de distribuição em Serra, também no ES. Oito anos depois de sua criação, ganhou novos sócios de peso: recebeu investimento da Península, fundo de investimento de Abilio Diniz, e da e.Bricks digital.

Em 2018, abriu um novo centro de distribuição em São Paulo e, no ano passado, reformulou a marca e lançou seu aplicativo. A empresa tem um programa de fidelidade, o WineUp, que garante dinheiro de volta para ser usado no site.

O grupo também tem uma outra marca, a Bodegas, que nasceu em 2018 da fusão entre duas empresas. A Wine2b, canal do Grupo Wine, foi criada em 2011 para oferecer, exclusivamente, vinhos para restaurantes, hotéis, supermercados, empórios, entre outros. A importadora de vinhos é a primeira a distribuir vinhos para empresas para qualquer lugar do Brasil por meio da internet. Já a Bodegas foi fundada em 2004 para oferecer ao mercado brasileiro vinhos exclusivos.

Em outubro do ano passado, a companhia de comércio eletrônico abriu sua  sua primeira loja física em Belo Horizonte, MG. Mais do que vender vinhos, o espaço serve como local para eventos e estoque para acelerar as entregas. Com um investimento de 500 mil reais, o espaço de 180 metros quadrados abriga cerca de metade dos 800 rótulos disponíveis do site. O mobiliário pode ser adaptado para palestras, eventos ou jantares com degustação. Já em maio deste ano, abriu uma loja em Curitiba, PR, que também conta com delivery de vinhos. 

Os planos de expansão são liderados por Marcelo D’Arienzo, que chegou à presidência em janeiro do ano passado no lugar de Rogério Salume, um dos fundadores da Wine.

Para realizar sua abertura de capital na bolsa, a Wine precisa entrar na fila. O ano de 2020 está ficando curto para a lista de ofertas iniciais de ações (IPOs) mais as subsequentes em andamento. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o número de companhias que pegaram lugar na fila para listar ações na B3 não para de crescer. A semana terminou com 40.

Só desde o dia 24, foram nove pedidos de registro: as quatro incorporadoras imobiliárias CFL Inc, Emccamp Residencial, HBR Realty e Urba Desenvolvimento e as cinco sortidas Mosaico, Aeris, Havan, Drogaria Nissei e Le Biscuit. Só nesta semana, as ofertas solicitadas têm planos de movimentar perto de R$ 20 bilhões.

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