Negócios

Queiroz Galvão nega pagamento para obter contratos

O procurador-geral sustentou em pedido de abertura de inquérito que o senador Valdir Raupp recebeu R$ 500 mil da empresa em esquema de corrupção


	O procurador-geral sustentou em pedido de abertura de inquérito que o senador Valdir Raupp recebeu R$ 500 mil da empresa em esquema de corrupção
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

O procurador-geral sustentou em pedido de abertura de inquérito que o senador Valdir Raupp recebeu R$ 500 mil da empresa em esquema de corrupção (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2015 às 15h08.

São Paulo - A Queiroz Galvão negou, em nota neste sábado, que tenha realizado pagamentos ou cometido qualquer tipo de atividade ilícita para obter contratos. O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, sustentou no pedido de abertura de inquérito contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) que ele recebeu R$ 500 mil do esquema de corrupção na Petrobras para financiar sua campanha de 2010.

O montante teria sido "parte do bolo" que o PP receberia de contrato da Queiroz Galvão com a estatal, conforme depoimento do doleiro Alberto Youssef.

"A Queiroz Galvão nega veementemente qualquer pagamento ou atividade ilícita para obtenção de contratos ou vantagens. A empresa reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação vigente", afirmou a companhia em nota.

A Queiroz Galvão fez repasse como doação oficial ao diretório do PMDB em Rondônia, reduto eleitoral do senador, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A remessa foi delatada pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa. "(...) O valor, na realidade, se tratava de pagamento indevido decorrente de comissionamento de contrato firmado com a Petrobras", registrou o procurador.

A Queiroz Galvão rechaça a acusação e informa que "todas as doações realizadas pela empresa estão de acordo com a lei eleitoral".

Tido no PMDB como o homem de confiança do vice-presidente Michel Temer no Senado, Raupp é o primeiro vice-presidente nacional do partido. O senador ocupou a presidência da legenda quando Temer se afastou do comando da sigla, posto que retomou no ano passado.

Janot pediu a condenação de Raupp pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito foi autorizado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e as doações da Queiroz Galvão serão investigadas pela Polícia Federal.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasOperação Lava JatoPartidos políticosPolítica no BrasilProgressistas (antigo PP)Queiroz Galvão

Mais de Negócios

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel