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Queda nas vendas de cerveja não surpreendeu Ambev

Segundo a companhia, somente em março o declínio das vendas em volume do mercado foi entre 17% e 19%


	A queda estimada de 7,1% nas vendas da indústria nacional de cerveja no primeiro trimestre foi mais do que esperada pela Ambev
 (Marcos Santos/USP Imagens)

A queda estimada de 7,1% nas vendas da indústria nacional de cerveja no primeiro trimestre foi mais do que esperada pela Ambev (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 08h27.

São Paulo - A queda estimada de 7,1% nas vendas da indústria nacional de cerveja no primeiro trimestre foi mais do que esperada pela Ambev. Segundo a companhia, somente em março o declínio das vendas em volume do mercado foi entre 17% e 19%.

"Apesar da desaceleração dos volumes da indústria em março, o desempenho de abril apresentou boa melhora e estimamos que esteja caindo um dígito porcentual médio", afirmou a Ambev.

Além do impacto do Carnaval antecipado e do clima ruim (que permaneceu ao longo de março), a indústria nacional da cerveja também foi prejudicada por uma inflação dos alimentos mais alta e desaceleração do crescimento de renda disponível.

"Nesse tipo de ambiente, o fato que tivemos de aumentar os preços em termos reais para compensar o aumento de impostos de outubro de 2012 também não contribuiu", disse a companhia, ressaltando que a estratégia de embalagens será ainda mais importante para melhorar o desempenho de receita líquida, entregando aos consumidores embalagens com preços mais acessíveis enquanto a renda disponível continuar sob pressão.

Nos resultados consolidados das operações da companhia no País, o volume vendido recuou 6,3%, passando de 28,845 milhões de hectolitros para 27,038 milhões de hectolitros no primeiro trimestre deste ano. Somente de cerveja, a queda foi de 8,2%, para 19,817 milhões de hectolitros e de refrigerantes e bebidas não alcoólicas o recuo foi de 0,5%, para 7,221 milhões de hectolitros.

Já em receita líquida, o consolidado do Brasil teve aumento de 0,8%, passando de R$ 4,906 bilhões no primeiro trimestre de 2012 para R$ 4,945 bilhões de janeiro a março de 2013. O Ebitda ajustado somou R$ 2,499 bilhões, avanço de 1,6%, com margem Ebitda ajustada de 50,5%, avanço de 0,4 ponto porcentual.


A receita líquida por hectolitro no trimestre ficou em R$ 182,90, alta de 7,5%, beneficiada pelo ajuste de preços, pelo peso mais alto da distribuição direta e crescimento do volume de vendas de itens da categoria premium.

O Custo do Produto Vendido (CPV) somou R$ 1,617 bilhão, alta de 9,4% e o CPV por hectolitro, R$ 59,80, avanço de 16,7%. "Os principais fatores foram o aumento no preço de matérias-primas, como cevada e embalagens de alumínio, o impacto da desvalorização do real, além da maior depreciação industrial contra o ano anterior em função dos investimentos realizados", justificou a Ambev, no release.

Apesar da diminuição no volume de vendas da indústria brasileira, o volume de vendas de inovações da Ambev cresceu no primeiro trimestre, liderado pelas latas de 550 ml de Skol e Brahma.

O volume de cervejas premium também apresentou aumento, impulsionado pelas marcas Budweiser e Stella Artois. Outro destaque foi o crescimento das vendas de garrafas retornáveis de vidro de 1 litro e de 300 ml. Além disso, a participação de mercado no Norte e no Nordeste continua em uma curva ascendente.

Cervejas

Enquanto o volume caiu 8,2%, a receita líquida do segmento de cervejas da Ambev no Brasil recuou apenas 0,3%, para R$ 4,123 bilhões. O Ebitda ajustado da unidade cresceu 0,6%, para R$ 2,148 bilhões, com margem de 52,1%, incremento de 0,4 ponto porcentual. Em participação de mercado nacional, a média da Ambev do trimestre foi uma fatia de 68,1% ante 69% do primeiro trimestre de 2012.

Refrigerantes e bebidas não alcoólicas

A receita líquida deste segmento da companhia no País cresceu 6,5%, para R$ 822,7 milhões. O Ebitda ajustado da unidade avançou 8,1%, para R$ 351,4 milhões, com margem de 42,7%, alta de 0,6 ponto porcentual.

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