Hereda: “Fazendo essa redução no nível em que estamos fazendo, vamos conseguir ampliar nossa base para conseguir ganhar mais clientes [e mais lucros]. Queremos aumentar em cerca de 2 milhões o nosso número de clientes”
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 14h06.
Brasília - Oferecer crédito a juros mais baixos pode resultar no aumento do número de clientes e, consequentemente, dos lucros da Caixa Econômica Federal (CEF) neste ano, na avaliação do presidente do banco, Jorge Hereda. Para Hereda, o mínimo que se espera para 2012 é que a Caixa mantenha o lucro recorde registrado no ano passado, além de ampliar em mais de 2 milhões o número de clientes. E ele garantiu que, sempre que possível, a CEF manterá a política de redução de juros para o consumidor.
“A Caixa é o único banco que baixou mesmo os juros e para todos os clientes”, disse hoje (24) Hereda após participar de evento no Palácio do Planalto. “Fazendo essa redução no nível em que estamos fazendo, vamos conseguir ampliar nossa base para conseguir ganhar mais clientes [e mais lucros]. Queremos aumentar em cerca de 2 milhões o nosso número de clientes”, disse.
“A Caixa trabalha com a possibilidade de não ter menor lucro do que o do ano passado, que foi o melhor lucro da nossa história. A gente quer, no mínimo, manter esse número, mas acreditamos que, com o aumento da nossa base, vamos acabar aumentando-o em 2012", disse Hereda.
O banqueiro acredita que isso será possível a partir de campanhas de esclarecimento sobre as vantagens que a redução dos juros traz para as pessoas. “A população não é boba. Se for explicado a ela exatamente os ganhos que ela tem, vem todo mundo para a Caixa na busca por juros mais baixos”, enfatizou o presidente do banco público.
Hereda explica que “não há nenhuma mágica”, nas estratégias adotadas pela Caixa. “Estamos fazendo uma verificação dos preços de todos nossos produtos e verificado a margem líquida de cada um deles e, também, a queda que a Selic oferece como base de rendabilidade de cada produto. Temos trabalhado nessa margem”, informou.
“Além disso, estamos acompanhando todas as condições que influenciam no spread bancário (diferença entre os juros pagos na captação de recursos e nas operações de empréstimo) . Todas as vezes que identificarmos a possibilidade de reduzir, estamos reduzindo. E vamos continuar reduzindo”, finalizou.