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Queda de comissões força reorganização em bancos

Bancos de investimento deverão cortar empregos e rever seus modelos de negócios após queda nas comissões cobradas em 2012


	Banco britânico RBS: alguns bancos, como o britânico Royal Bank of Scotland, já escolheram praticamente abandonar operações com ações
 (Justin Tallis/AFP)

Banco britânico RBS: alguns bancos, como o britânico Royal Bank of Scotland, já escolheram praticamente abandonar operações com ações (Justin Tallis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 10h17.

Londres - Comissões cobradas por assessoria de fusões, ofertas de ações e emissões de bônus voltaram a cair em 2012, forçando bancos de investimento a cortar empregos e rever seus modelos de negócios que mantiveram durante períodos de crises ao longo da última década.

Preocupações econômicas, particularmente na zona do euro, têm afetado a atividade de fusões e aquisições e pressionado a receita de bancos de investimento pelo mundo em 7 por cento, para 69,4 bilhões de dólares até agora neste ano, segundo dados recolhidos pela Thomson Reuters e Freeman Consulting.

Na Europa, as comissões estão no menor nível em 10 anos, conforme a volatilidade dos mercados força muitas companhias a adiar planos de ofertas de ações e aquisições, e a prolongada desaceleração da economia tem pressionado até grandes instituições a reestruturar equipes e cortar custos. Algumas estão até contemplando opções mais drásticas.

"A questão principal não é apenas uma equipe específica, os bancos estão realmente considerando quais atividades de banco de investimento devem manter ou até mesmo se deveriam continuar nessa área", disse Christopher Kummer, do Instituto de Fusões, Aquisições e Alianças, um centro de pesquisa.

Receita menor em outras áreas, como operações com ações e bônus, também está pressionando bancos a avaliarem que divisões deveriam manter uma vez que regras mais rígidas de capital tornam mais difícil a oferta de uma ampla gama de produtos.


Alguns bancos, como o britânico Royal Bank of Scotland, já escolheram praticamente abandonar operações com ações, enquanto o suíço UBS está se desfazendo da maior parte de seus negócios com bônus.

Unidades concentradas em assessoria, que recebem honorários por trabalhos em estratégia de negócios em vez de comissões de negócios, até agora têm sido poupados dos piores cortes, pois não usam muito capital.

Mas elas ainda são custosas de se manter, especialmente porque executivos de áreas como fusões e aquisições, que frequentemente mantêm relações com seus clientes, geralmente recebem os maiores pacotes de pagamento.

Isso provavelmente deve mudar este ano com a queda dos bônus. As comissões por atividades de fusões e aquisições caíram 16 por cento até agora neste ano.

Como resultado, os bancos começaram a reformar suas equipes de finanças corporativas para torná-las mais lucrativas por meio de corte de executivos focados em clientes de certas indústrias ou países. Isso reverte esforços da última década que criaram equipes capazes de fornecer assessoria muito especializada.

Muitas instituições estão agrupando as equipes ou treinando funcionários iniciantes para múltiplas áreas em vez de especializá-los, uma estratégia que provavelmente vai continuar em 2013, quando a atividade não deve passar por uma forte retomada.

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