Qualcomm: "A empresa (Apple) lançou um ataque global contra a Qualcomm e tenta usar seu enorme poder de mercado para forçar termos de licença injustos e irracionais da Qualcomm", disse a fabricante (Daniel Acker/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 11 de abril de 2017 às 16h11.
A Qualcomm rebateu as acusações feitas pela Apple em janeiro em um processo nos Estados Unidos, afirmando que a fabricante de iPhones quebrou acordos com a empresa e encorajou por meio de declarações falsas ataques de autoridades regulatórias sobre seus negócios em várias partes do mundo.
A Apple abriu processo acusando a Qualcomm de cobrar em excesso por chips e por ter se recusado a conceder descontos de cerca de 1 bilhão de dólares previamente acordados.
O processo foi iniciado dias depois que o governo norte-americano acusou a Qualcomm por recorrer a táticas anticompetitivas para manter um monopólio sobre os principais chips usados em celulares.
"A empresa (Apple) lançou um ataque global contra a Qualcomm e tenta usar seu enorme poder de mercado para forçar termos de licença injustos e irracionais da Qualcomm", disse a fabricante de chips em declaração.
A Qualcomm também disse que a Apple a ameaçou na tentativa de se prevenir de comparações públicas sobre o desempenho superior de iPhones com os componentes da Qualcomm e as diferenças de resultado entre iPhones equipados com modems Qualcomm e aqueles que usam modems de fornecedores concorrentes.
Em resposta à declaração da fabricante de chips, a Apple disse que reitera os comentários feitos em janeiro, dizendo que a Qualcomm supervalorizou direitos autorais e que os ganhos das tecnologias Apple não estão relacionados às patentes da Qualcomm.
A Apple também apresentou em janeiro um processo contra a Qualcomm em Pequim, alegando que a fornecedora de chips abusou de sua influência na indústria de chips e cobrou 1 bilhão de iuans (145,32 milhões de dólares) em reparação de prejuízos, segundo o Tribunal de Propriedade Intelectual de Pequim.