Supermercado Guanabara: rede chega a R$ 10,3 bilhões em vendas, diz IRTT. (Supermercados Guanabara/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 16h25.
Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 16h35.
O varejo brasileiro é liderado pelos supermercados, mas o setor segue com forte apelo regional, mostra o levantamento do Instituto Retail Think Tank (IRTT), que dá sequência aos estudos divulgados Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Os supermercados movimentaram R$ 658,6 bilhões em 2024, o equivalente a 52,6% do faturamento das 300 maiores varejistas do país.
Das 156 empresas supermercadistas que aparecem no ranking TOP 300, 129 operam em apenas um estado e 130 possuem menos de 50 lojas.
Apenas seis grupos têm presença em mais de 20 estados — e, em boa parte deles, o alcance nacional se deve a lojas de conveniência, geralmente no modelo de franquias.
“Não é correto dizer que o varejo brasileiro está se concentrando. O que temos é um movimento de mais empresas crescendo e atingindo relevância, mas a diversidade regional permanece”, diz o consultor Alberto Serrentino.
O Supermercados Guanabara lidera o ranking regional, com R$ 10,3 bilhões em vendas e 28 lojas, ocupando a 11ª posição na lista nacional do IRTT.
Logo atrás vem a Rede Supermarket, que faturou R$ 10 bilhões com 143 unidades, seguida pelo Supermercado Mundial, com R$ 5,5 bilhões e 20 lojas.
Veja os principais destaques a seguir:
Empresa | Vendas (R$ bilhões) | Número de lojas |
---|---|---|
Supermercados Guanabara | 10,3 | 28 |
Rede Supermarket | 10 | 143 |
Supermercado Mundial | 5,5 | 20 |
Supermercados Zona Sul | 2,1 | 44 |
Torre e Cia Supermercados | 2,1 | 22 |
Grupo Barcelos | 1,7 | 24 |
Fundado em 1950, o Supermercado Guanabara é cem por cento familiar e lidera o setor de supermercados no Rio de Janeiro quando o assunto é volume de vendas.
A primeira unidade foi uma mercearia aberta no bairro da Piedade, na zona norte do Rio, por uma família de imigrantes portugueses recém-chegada ao Brasil.
A rede não quer ser a mais tecnológica do mercado, nem a mais moderna. A prioridade é ser a mais presente — na rotina, no bolso e na memória do consumidor.
“Queremos que ir ao supermercado seja uma parte prazerosa do dia da pessoa, e não só uma obrigação”, diz o presidente Antonio Pinho em entrevista à EXAME.
E, no caso do Rio, essa missão tem dado certo: segundo dados da própria empresa, um quarto de tudo que é vendido no varejo alimentar do estado passa por lojas da rede.