Com valor estimado em R$ 44,3 bilhões, Itaú lidera o estudo mais uma vez (Sergio Moraes/Reuters)
Repórter de Negócios
Publicado em 27 de março de 2023 às 06h03.
Última atualização em 27 de março de 2023 às 08h17.
Itaú, Bradesco, Skol e Brahma repetiram o feito da edição anterior e ocupam, respectivamente, as primeiras quatro posições entre as 25 marcas mais valiosas do país. Juntas com o Banco do Brasil, na quinta colocação, as cinco concentram 75% do valor total do ranking, estimado em 153 bilhões de reais.
Entre os valores projetados para cada uma delas, o Itaú tem R$ 44,3 bilhões, o Bradesco, R$ 28,6 bilhões; Skol, R$ 18,8 bilhões; Brahma, R$ 13,3 bilhões; e o Banco do Brasil, R$ 10,3 bilhões. Os números, de acordo com a pesquisa, refletem investimentos de anos que as empresas têm em inovação, aproximação com o cliente e mudanças ágeis para responder aos novos hábitos dos consumidores.
"Em um cenário em a única certeza é que a velocidade da mudança de hábitos de consumo é cada vez maior e em que a tecnologia possibilita a entrada de inúmeros competidores ofertando produtos similares, ter uma marca forte já deixou de ser um investimento para se tornar uma questão de sobrevivência e essas 5 marcas sabem disso muito bem", afirma explica Beto Almeida, CEO da Interbrand, responsável pelo estudo.
Como novidade, o levantamento registrou a chegada ao clube do Nubank. A instituição financeira estreou na lista ocupando uma posição de destaque, a sétima e com valor estimado em R$ 3,8 bilhões.
A rápida ascensão está associada, de acordo com o estudo, à abertura de capital, a atributos relacionados à oferta de um novo modelo de serviços bancários e à narrativa de empoderamento.
Neste ano, a percepção do valor das marcas apresentou alta de 6% em comparação com a edição passada. Entre as marcas que registraram as maiores expansões, está a Renner, 14%, elevando o valor de R$ 1,7 bilhão para R$ 1,9 bilhão. Com o resultado, ganhou uma posição e está 11º lugar.
Segundo o estudo, além do crescimento em seu lucro líquido, a varejista tem conseguido consolidar uma imagem de referência no setor de moda e entrar em pautas de inovação e o compromisso com a sustentabilidade.
Na sequência e com expansão na casa dos dois dígitos, aparecem:
Em sentido oposto, o principal caso de perda de valor é da Lojas Americanas. A varejista caiu da 10ª para a 19ª posição, encerrando a avaliação com R$ 844 milhões e queda de 53% em comparação com a última edição.
Para chegar aos números, a Interbrand usa uma metodologia desenvolvida em parceria com a London School of Economics. O projeto combina análise de performance financeira e a percepção e influência das marcas junto aos consumidores. Nesta edição, o levantamento ouviu mais de 1100 pessoas de todo Brasil das classes A, B e C.