Negócios

Quais são as maiores empresas de material de construção do Brasil? Veja quanto elas faturam

Segmento movimentou R$ 25,3 bilhões em 2024, com crescimento tímido de 6,2%, forte concentração regional e aposta em modelos como home centers e atacarejo

Leroy Merlin: empresa lidera ranking com R$ 8,9 bilhões em vendas em 2024 (Leroy Merlin/Divulgação)

Leroy Merlin: empresa lidera ranking com R$ 8,9 bilhões em vendas em 2024 (Leroy Merlin/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 05h55.

O setor de material de construção no Brasil reúne 13 empresas entre as 300 maiores do varejo, segundo levantamento do IRTT.  As vendas somaram R$ 25,3 bilhões em 2024, o equivalente a apenas 2% do total.

Apesar da representatividade modesta, o segmento chama atenção por concentrar operações em grandes lojas de superfície, os chamados home centers, e pela atuação regionalizada: nove das varejistas estão presentes em cinco estados ou menos, enquanto três contam com mais de 100 unidades cada.

O setor também sente diretamente os efeitos dos juros altos, que encarecem o crédito para construção e reformas e limitam a disposição da população para compras. Por isso, o crescimento consolidado das empresas que divulgaram resultados nos últimos dois anos foi de apenas 6,2%, um dos mais baixos do varejo brasileiro.

Após o impulso registrado durante a pandemia, quando a necessidade de adaptar residências ao home office e ao lazer doméstico acelerou reformas e construções, o segmento de material de construção entrou em uma fase de expansão mais contida. Não têm ocorrido grandes fusões ou aquisições, mas novidades pontuais chamam atenção.

NEEX Road Show em Goiânia: garanta sua vaga gratuita no evento da EXAME voltado para empresas em expansão

É o caso da Obramax, rede do grupo Adeo (controlador da Leroy Merlin), que aposta em um modelo de “atacarejo” focado no público profissional. Com nove lojas entre Rio de Janeiro e São Paulo, a rede já se consolidou como a sexta maior do setor no país, trazendo para o segmento princípios de valorização de preços que se mostraram exitosos no varejo de supermercados.

As maiores empresas de material de construção do Brasil

A Leroy Merlin manteve a liderança absoluta, com R$ 8,97 bilhões em vendas e 54 lojas no país. A média de venda por unidade é uma das mais altas do mercado, refletindo seu modelo de megalojas e forte atuação nas grandes capitais, com portfólio diversificado e aposta em serviços.

Na segunda posição aparece a Ferreira Costa, com R$ 2,4 bilhões em vendas e apenas nove lojas. O destaque da rede está justamente na eficiência por unidade: cada loja movimenta, em média, mais de R$ 266 milhões ao ano. Com forte presença no Nordeste, a empresa pernambucana fundada em 1884 aposta em lojas de grande porte e atendimento regionalizado, mantendo crescimento consistente e lucratividade acima da média.

A Quero-Quero ocupa a terceira colocação, com R$ 2,17 bilhões em vendas e uma rede muito mais pulverizada, com 573 lojas, especialmente em cidades de pequeno e médio porte. O modelo de negócios baseado na capilaridade e no crédito próprio. A combinação de materiais de construção com eletrodomésticos segue sendo a principal vantagem competitiva da empresa no Sul do país.

Com faturamento de R$ 1,88 bilhão e 68 lojas, a Telhanorte, pertencente ao grupo francês Saint-Gobain, ocupa a quarta posição. A empresa tem apostado fortemente em digitalização, logística e soluções integradas, com foco no cliente profissional e também no consumidor final.

Já a Sodimac Brasil, do grupo chileno Falabella, aparece em quinto lugar com R$ 1,75 bilhão em vendas e 52 lojas. Veja, a seguir, o ranking completo:

EmpresaVendas 2024 (R$ bilhões)Nº de Lojas 2024
Leroy Merlin8.954
Ferreira Costa2.49
Quero Quero2.16573
(Telhanorte) Saint-Gobain1.8768
Sodimac Brasil1.7452
Obramax1.79
Portobello Shop1.53163
Cassol133
Balaroti0,9736
Todimo0,933
Redemac0,75108
Joli0,6522
Espaço Smart0,5140
Acompanhe tudo sobre:VarejoLeroy MerlinMateriais de construção

Mais de Negócios

Ela começou como vendedora. Hoje, transforma a gestão de pequenas farmácias — e fatura R$ 1,3 bilhão

‘Novo Ozempic’: tudo o que sabemos sobre novo remédio da Novo Nordisk com a Eurofarma

31 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para começar a empreender ainda em 2025

Uma nota fiscal de R$ 30 mil levou a criação desse site que hoje traz R$ 50 milhões