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Puxada por Novalgina, Sanofi vende 8% mais remédios sem receita

Farmacêutica francesa que também fabrica Dorflex agora aposta em inovações para o mercado local

Analgésico Dorflex: o remédio mais vendido em todo o país (Dorflex/Divulgação)

Analgésico Dorflex: o remédio mais vendido em todo o país (Dorflex/Divulgação)

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Naiara Bertão

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 16h07.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2019 às 16h10.

A farmacêutica francesa Sanofi acertou a mão ao apostar em medicamentos que não precisam de prescrição médica no Brasil, os chamados MIPs, como analgésicos, suplementos e vitaminas. Em 2018, o volume de vendas da divisão de Consumer Healthcare, que administra o portfólio destes produtos, cresceu 7,6%, contra um crescimento de 6,8% do mercado de MIPs, segundo dados da consultoria IQVIA. Em valores, o crescimento passou de dois dígitos no ano passado, em linha com o esperado pela matriz.

Só o analgésico Novalgina, que existe há 98 anos, teve aumento de 34% nas vendas e foi o que mais contribuiu para o desempenho da área de Consumer Healthcare da Sanofi no Brasil. Ao todo, são 27 marcas sem necessidade de receita vendidos no Brasil, entre eles o Allegra, de alergia, o polivitamínico Pharmaton e o analgésico Dorflex, o remédio mais vendido em todo o país – são comercializados 50 comprimidos por segundo.

O mercado de MIPs vendeu 15% a mais em 2018 no Brasil, alcançando 7,5 bilhões de reais em faturamento, segundo a associação das farmácias, Abrafarma, o dobro do ritmo de medicamentos com prescrição.

Além do bom momento do setor, o crescimento da Sanofi é explicado pelo foco que a empresa deu na área de MIPs. Desde 2017, a operação de medicamentos sem prescrição globalmente ganhou status de diretoria independente da divisão de medicamentos com receita. Isso deu autonomia de vendas, logística e produção para a área, que hoje conta com 450 pessoas no Brasil.

“Em 2018 focamos nas marcas principais e em comunicar seus pontos fortes aos nossos clientes. Este ano, nosso foco é inovação”, diz Rodolfo Hrosz, diretor-geral de Consumer Healthcare da Sanofi Brasil. Desde 2017, a empresa reforçou a equipe e investiu na unidade de pesquisa e desenvolvimento em Suzano, interior de São Paulo, e promete novidades para o mercado brasileiro este ano, especialmente de tamanhos de embalagens. Pelo ranking de 2017 da Interfarma, associação da indústria farmacêutica, a Sanofi é a terceira maior do Brasil, atrás de Ache e EMS Pharma, com 2,8 bilhões de reais em vendas.

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