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Província argentina vai tirar áreas de petrolífera YPF

Província alega que a empresa não realiza os investimentos necessários para frear a caída de produção

Plataforma de petróleo (Mikhail Mordasov/AFP)

Plataforma de petróleo (Mikhail Mordasov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2012 às 13h19.

BUENOS AIRES - A principal província produtora de petróleo da Argentina vai retirar áreas importantes da petrolífera YPF por não realizar investimentos necessários para frear a caída de produção, dias depois que a empresa recorreu à Justiça para reaver concessões revertidas anteriormente.

O governador da província, Martín Buzzi, fez o anúncio no sábado, enquanto o governo da presidente peronista Cristina Fernández Kirchner mantém um duro enfrentamento contra a maior petrolífera do país, controlada pelo grupo espanhol Repsol.

"Estamos reunindo informação muito precisa sobre o descumprimento da empresa em nossa província, razão pela qual nossa decisão é continuar com o processo de reversão em outros quatro campos que a YPF tem concessão em Chubut, começando por Manantiales (Behr), o principal operado pela YPF em Chubut", disse Buzzi, segundo a mídia local.

Segundo dados da YPF, em Manantiales Behr, a companhia investiu 333 milhões de dólares em 2011 depois de 180 milhões no ano anterior, enquanto a produção subiu cerca de 9 por cento.

Mas o governo de Chubut considera que o plano apresentado pela empresa para a área para este ano não cumpre com as expectativas oficiais.

"Nossa equipe está finalizando a análise do plano apresentado pela YPF para 2012 e já estamos em condições de constatar que se projeta uma queda do investimento, algo que, como já advertimos, não vamos de maneira nenhuma aprovar", disse Buzzi.

"Por exemplo, em Manantiales Behr, a área onde se concentra 10 por cento do petróleo produzido na Argentina, a redução do investimento alcança 70 por cento sobre 2011 e o número de poços que planejam perfurar durante o ano é cerca de 59 por cento inferior a 2011", acrescentou.

No sábado um diário local publicou, citando fontes oficiais, que o governo argentino decidiu tomar o controle da empresa e que está analisando se fará isso através de expropriação ou de uma intervenção.

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