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Protestos contra o McDonald's se espalham pelos EUA; ex-franqueados lideram atos

Maior cadeia de restaurantes do mundo enfrenta críticas por reduzir políticas de inclusão

Empresa disse que "sempre foi comprometida com a inclusão" ((Photo by STEFANO RELLANDINI/AFP via Getty Images))

Empresa disse que "sempre foi comprometida com a inclusão" ((Photo by STEFANO RELLANDINI/AFP via Getty Images))

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 25 de junho de 2025 às 04h00.

Estão crescendo os boicotes contra as lojas do McDonald's nos EUA. Os protestos são liderados por um grupo de ex-franqueados.

Na segunda-feira, mais de 40 ex-franqueados de mais de uma dúzia de estados expressaram seu apoio a um "boicote nacional à cadeia de fast food", segundo reportagem da Newsweek. O grupo está processando a empresa por práticas discriminatórias que remontam à década de 1980. O anúncio da ação judicial veio do escritório de advocacia Loevy & Loevy, que está representando os autores do processo.

A McDonald's Corporation disse à Newsweek que "como uma marca que atende milhões de pessoas todos os dias, o McDonald's abre suas portas para todos. O McDonald's é - e sempre foi - comprometido com a inclusão."

Qual a importância da história

O McDonald's, a maior cadeia de restaurantes do mundo, tem cerca de 68 milhões de clientes diários e enfrenta críticas desde o início de 2025 devido à decisão da empresa de reduzir suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).

Isso se soma aos mais novos boicotes liderados pelo The People's Union USA, que incluiu a empresa entre seus alvos na campanha de "bloqueio econômico" devido à suposta evasão fiscal e questões relacionadas ao pagamento dos trabalhadores.

O grupo citou a decisão do McDonald's de reverter algumas iniciativas de diversidade em janeiro e fez referência a uma postagem no site da empresa de 6 de janeiro. Nela, o McDonald's disse que aposentaria as "metas de representação aspiracional" e o "Compromisso Mútuo da Cadeia de Suprimentos com a DEI", em favor de uma discussão mais integrada com os fornecedores sobre inclusão, no que diz respeito ao desempenho empresarial.

"O recente abandono das iniciativas de diversidade pela corporação McDonald's não foi nenhuma surpresa para nós", dizia o anúncio de segunda-feira. A crítica também incluía "políticas injustas, tratamento desigual e discriminação ilegal" contidas na ação judicial federal de direitos civis de 2023.

O grupo de ex-franqueados citou o boicote do The People's Union USA e disse que continuaria pedindo ações direcionadas "até que [o McDonald's] cumpra suas promessas, renove seu compromisso com a comunidade negra e finalmente faça o que é certo pelos proprietários e operadores negros como nós, que mereciam - mas não receberam - uma chance justa de sucesso."

Novos protestos pela frente

O The People's Union USA também já coordenou boicotes contra Walmart, Amazon e Target, de acordo com a Newsweek.

Na semana passada, seu fundador, John Schwarz, postou uma lista de queixas no Instagram, acusando o McDonald's de praticar preços exorbitantes, explorar trabalhadores e brechas fiscais e fazer "falsas promessas de DEI".

O boicote do The People's Union USA está programado para durar até 30 de junho, após o qual o grupo pretende organizar um boicote no Dia da Independência (feriado de 4 de julho nos EUA), além de um boicote de um mês ao Starbucks, Amazon e Home Depot em julho. Isso será seguido por um boicote em agosto ao McDonald's, Walmart e Lowe's. Ou seja, tempos agitados para as grandes empresas nos EUA

Acompanhe tudo sobre:McDonald's

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