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Proposta pela Monsanto surpreende investidores da Bayer

O anúncio de que a Bayer fez uma proposta não solicitada de aquisição pela norte-americana Monsanto surpreendeu os investidores da empresa ofertante


	Logomarca da gigante farmacêutica alemã Bayer: analistas estimam que, se a compra for confirmada, o negócio superaria os US$ 42 bilhões
 (John Macdougall/AFP)

Logomarca da gigante farmacêutica alemã Bayer: analistas estimam que, se a compra for confirmada, o negócio superaria os US$ 42 bilhões (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 10h58.

Nova York - O anúncio de que a Bayer, multinacional alemã do setor químico, fez uma proposta não solicitada de aquisição pela norte-americana Monsanto surpreendeu os investidores da empresa ofertante. 

Analistas estimam que, se a compra for confirmada, o negócio superaria os US$ 42 bilhões, equivalente ao valor de mercado da Monsanto. No fechamento de ontem na Bolsa de Frankfurt, as ações da Bayer caíram 8,2%, para 88,51 euros.

A surpresa dos investidores se deu pelo fato de a Bayer ser uma das mais endividadas do setor. Em 2015, a dívida líquida da empresa era de 17,45 bilhões de euros, cerca de US$ 19,60 bilhões na cotação de hoje. O número é mais do que o dobro em relação ao endividamento de 7 bilhões de euros da empresa em 2011.

"Financeiramente, é um passo consideravelmente grande", avaliou Markus Manns, gestor de fundos no Union Investment, que tem ações da Bayer. "Não tenho certeza de que é um bom movimento", acrescentou.

Já o analista François Lauras, da agência de classificação de risco Moody's, aponta que uma eventual aquisição poderia pesar sobre o rating A3 da empresa. Em sua avaliação, a dívida da Bayer pode crescer significativamente após o negócio, ainda que o fluxo de caixa após a operação possa permitir uma redução do endividamento no médio prazo.

Analistas do Bernstein indicam que, para tornar viável a compra, a Bayer teria de levantar cerca de US$ 30,3 bilhões no mercado de ações e contrair outros US$ 16,8 bilhões em empréstimos, além de vender sua divisão de saúde animal para ajudar a financiar a operação.

A confirmação do acordo entre as empresas poderia resultar num negócio de US$ 67 bilhões em vendas anuais, criando a maior companhia de sementes e agrotóxicos do mundo. Além disso, seria a consumação de uma rodada de consolidações verificada no último semestre, que já teve a fusão entre Dow Chemical e DuPont, assim como a compra da suíça Syngenta pela estatal chinesa ChemChina.

(Com Dow Jones Newswires)

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