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Promotoria de Tóquio investiga novas suspeitas contra Ghosn

O ex-presidente da Nissan Motor é investigado por não ter declarado US$ 80 milhões em indenização nos relatórios financeiros da empresa

Carlos Ghosn: nova suspeita paira sobre empresário franco-brasileiro (Regis Duvignau/Reuters)

Carlos Ghosn: nova suspeita paira sobre empresário franco-brasileiro (Regis Duvignau/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 15h42.

A Promotoria de Justiça de Tóquio investiga nova suspeita envolvendo o empresário franco-brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor. Ele é investigado agora por não ter declarado US$ 80 milhões em indenização nos relatórios financeiros da empresa nos últimos oito anos.

Ghosn foi preso no mês passado, em Tóquio, no Japão, por suspeita de subestimar sua remuneração em 5 bilhões de ienes, aproximadamente US$ 44 milhões, em um período de 5 anos que termina no ano fiscal de 2014, violando a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio.

Carlos Ghosn é investigado agora por não ter declarado US$ 80 milhões em indenização nos relatórios financeiros da Nissan nos últimos oito anos (EFE/ Kimimasa Mayama / direitos reservados

Segundo investigações preliminares, Ghosn pretendia evitar críticas sobre a alta remuneração após a divulgação dos salários dos executivos que se tornou obrigatória em 2010.

Há apurações sobre o plano de o executivo receber, após sua aposentadoria, a diferença entre o valor pago a ele e o que foi relatado.

A suspeita é que 4 bilhões de ienes, cerca de US$ 35,5 milhões, não foram divulgados desde 2015.

De acordo com os promotores, a remuneração anual de Ghosn para o ano fiscal de 2016 e 2017 foi de 2,4 bilhões de ienes ou aproximadamente de US$ 21,3 milhões.

*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão

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