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Promotoria acusa ex-funcionários do JPMorgan por perdas

Promotoria dos EUA acusou dois ex-funcionários do banco por ocultar parte das perdas de mais de US$ 6 bilhões em operações

Homem caminha em frente a prédio da JP Morgan Chase: acusados teriam mascarado o volume das perdas causadas por posições no mercado de produtos derivados (Andrew Burton/Reuters)

Homem caminha em frente a prédio da JP Morgan Chase: acusados teriam mascarado o volume das perdas causadas por posições no mercado de produtos derivados (Andrew Burton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h20.

Nova York - A promotoria federal dos Estados Unidos acusou nesta quarta-feira formalmente dois ex-funcionários do banco JPMorgan Chase, o espanhol Javier Martín-Artajo e o francês Julien Grout, por ocultar parte das perdas de mais de US$ 6 bilhões em operações financeiras da instituição em Londres.

Os dois acusados teriam participado da tentativa de mascarar o volume das perdas causadas por posições no mercado de produtos derivados, segundo afirmam documentos da acusação.

Martín-Artajo, supervisor de estratégia de investimentos do escritório do banco em Londres, e Grout, um operador, foram acusados de fraude, falsificação de documentos e contribuição para forjar documentos oficiais falsos.

Além disso, os dois também foram acusados de conspiração para cometer todos esses delitos, segundo indicam os documentos oficiais divulgados hoje pela promotoria federal do distrito sul de Manhattan.

Os documentos afirmam que, de março até maio de 2012, Martín-Artajo e Grout "aumentaram artificialmente" algumas contas "para ocultar o autêntico alcance das perdas de centenas de milhões de dólares".

Em julho de 2012, o JPMorgan Chase teve que corrigir suas contas do primeiro trimestre deste ano em cerca de US$ 660 milhões.

Já o operador Bruno Iskil, conhecido como a "Baleia de Londres", não foi acusado após chegar a um acordo com a promotoria para cooperar no caso e testemunhar.

Segundo a imprensa americana, Grout reside atualmente em seu país, enquanto Martín-Artajo e sua família não estão em sua casa nos arredores de Londres.

Não se sabe agora que passos as autoridades judiciárias americanas adotarão para conseguir a extradição de ambos.

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