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Programa do governo para baratear carros devem durar 1 mês, diz Anfavea

A estimativa leva em conta um desconto médio entre R$ 4,5 mil e R$ 5 mil por automóvel, dentro dos bônus que vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de junho de 2023 às 13h45.

Simulações feitas pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, indicam que o crédito tributário autorizado pelo governo para reduzir os preços dos carros entre 1,6% e 11,6% deve durar em torno de um mês. A estimativa leva em conta um desconto médio entre R$ 4,5 mil e R$ 5 mil por automóvel, dentro dos bônus que vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil.

Considerando os R$ 500 milhões liberados em crédito pelo governo federal, os cálculos da Anfavea preveem que a medida patrocinará a redução de preços de 100 mil a 110 mil carros de passeio.

Esse volume estimado é praticamente o total de veículos enquadrados na medida que já estão nos estoques de montadoras e concessionárias. No mês passado, as fábricas elevaram os estoques em 45,6 mil unidades, para 251,7 mil veículos - maior quantidade em três anos -, para atender o aguardado aquecimento do mercado a partir dos descontos patrocinados pelo governo.

Algumas montadoras chegaram a alugar pátios para guardar carros. Do estoque total, 115 mil veículos - ou seja, 45% - se enquadram nas regras fixadas na medida provisória de incentivo à indústria automotiva, publicada nesta terça-feira.

R$ 500 milhões são insuficientes para 120 dias

Presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite disse que os R$ 500 milhões em recursos colocados pelo governo para os carros provavelmente não serão suficientes para todo o prazo do programa: 120 dias. "Este é um programa de curto prazo. Então, aqueles consumidores que tiverem interesse na aquisição do seu carro não podem pensar muito, demorar muito tempo, porque, de fato, esses recursos podem acabar", afirmou Leite.

Ele sustentou que, se o governo não liberar mais recursos, a medida vai durar "bem menos" do que os 120 dias. "Talvez um mês ou um pouco mais", previu. Sobre o impacto nas vendas de caminhões e ônibus, incluídos de última hora no programa federal, a Anfavea ainda está fazendo simulações.

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