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Produtores de açúcar buscam diversificação com biotecnologia

Uma parceria entre a Bunge e a companhia americana de biotecnologia Solazyme vai começar a produzir óleos a partir de açúcar no final de 2013


	Bunge: a unidade deve ser lançada até o final do ano e será feita em conjunto com a Amyris., que tem sede em Emeryville, Califórnia
 (Clovis Ferreira/Divulgação)

Bunge: a unidade deve ser lançada até o final do ano e será feita em conjunto com a Amyris., que tem sede em Emeryville, Califórnia (Clovis Ferreira/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 09h17.

São Paulo - Os produtores de cana-de-açúcar no país, desde a Bunge Ltd. até a São Martinho SA, estão propondo a construção de fábricas para converter suas colheitas em químicos usados em produtos tão variados quanto cremes faciais e lubrificantes industriais.

Uma parceria entre a Bunge e a companhia americana de biotecnologia Solazyme Inc. vai começar a produzir óleos a partir de açúcar no final do próximo ano. A produtora de cana Paraíso Bioenergia SA vai abrir a primeira planta dessas matérias-primas, incluindo um substituto para óleo de fígado de tubarão usado em cremes. A unidade deve ser lançada até o final do ano e será feita em conjunto com a Amyris Inc., que tem sede em Emeryville, Califórnia. A São Martinho e a ETH Bioenergia SA estão planejando instalações semelhantes dentro dos próximos dois anos.

Apesar do uso de produtos agrícolas na fabricação de químicos renováveis enfrentar ceticismo de alguns investidores globais, a iniciativa tem ganhado mais atratividade no Brasil depois que os preços do açúcar caíram 13 por cento no último ano e o etanol recuou 12 por cento. A Amyris acumula queda de 74 por cento neste ano depois de adiar a fábrica em parceria com a São Martinho e devido a preocupações de que seus projetos não conseguirão alcançar a escala necessária para serem lucrativos. A Solazyme recuou 12 por cento este ano.

“Esta é uma oportunidade incrível para produtoras de cana se a tecnologia estiver correta”, disse Steven Slome, consultor da Nexant Inc., em entrevista por telefone. As companhias “podem conseguir dobrar a receita obtida com a mesma matéria- prima.”

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