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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
O CEO da Toyota CEO, Akio Toyoda, que surgiu com uma aparência de esgotado perante o Congresso dos EUA, não foi capaz de deixar os problemas da maior montadora do mundo para trás.
A Toyota enfrenta uma investigação criminal pelo Ministério Público Federal em Nova York. A Comissão de Valores Mobiliários também está investigando a empresa. Suas concessionárias enfrentam reparos de milhões de veículos e a empresa ainda oferece aos clientes reembolsos para os veículos alugados durante os consertos do recall.
Agora, os advogados da empresa se preparam para as ondas de processos sobre as mortes e danos causados pelos veículos. E para piorar ainda mais a imagem, o Senado vai realizar uma nova audiência na próxima semana. O custo para a reputação da Toyota só agora está começando a emergir.
Toyoda disse durante três horas de perguntas e respostas que não havia nenhuma ligação entre a aceleração súbita e os sistemas eletrônicos dos carros. Muitos motoristas arquivaram queixas com a Toyota e o governo acredita que os problemas de aceleração não têm nada a ver com a interferência do assoalho ou com pedais pegajosos que a montadora aponta como culpados. Especialistas fora de empresa sugeriram problemas eletrônicos.
"Eu estou envergonhado por você, senhor", afirmou o deputado John Mica, que brandiu um documento interno da Toyota em que é possível ver a economia de US$ 100 milhões da empresa ao evitar um recall amplo em 2007.
O National Highway Traffic Safety Administration, órgão que regula os carros e as estradas nos EUA, está conduzindo investigações próprias, para ver se descobre as verdadeiras causas dos problemas com o acelerador. A Toyota convocou 8,5 milhões veículos, mais de seis milhões deles nos Estados Unidos.
Embora os danos à imagem apareçam só agora, os prejuízos para os cofres assustam a empresa desde o início de 2010. As vendas da Toyota em janeiro caíram 16 % nos EUA, sendo que as outras montadoras tiveram crescimento. Resultados que devem ser publicados esta semana devem apontar uma redução ainda mais forte para fevereiro: entre 30 e 40%.