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Privatização de US$300 bi de estatais sauditas vai devagar

Os principais problemas são a burocracia, a estrutura legal inadequada, mudanças frequentes de prioridade do governo e cansaço entre investidores

Saudi Aramco: a listagem da estatal petrolífera Saudi Aramco está se encaminhado para acontecer no próximo ano (Getty Images/Getty Images)

Saudi Aramco: a listagem da estatal petrolífera Saudi Aramco está se encaminhado para acontecer no próximo ano (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 17h44.

Dubai/Riad - O programa de privatizações de 300 bilhões de dólares da Arábia Saudita recebeu o título de venda do século quando o príncipe Mohammed bin Salman revelou seu plano ao som de grandes celebrações.

Dezenove meses depois, o programa ainda caminha a passos de tartaruga, dizem banqueiros, investidores e analistas familiarizados com o processo.

Os principais problemas citados por eles são a grande burocracia, uma estrutura legal inadequada, mudanças frequentes de prioridade em departamentos do governo e cansaço entre investidores.

Alguns também culpam uma postura de "esperar para ver" adotada por muitos investidores devido a incertezas sobre as consequências econômicas de uma campanha de combate a corrupção na qual dezenas de membros da família real, ministros e autoridades foram enquadrados no início de novembro.

A listagem da estatal petrolífera Saudi Aramco - que sozinha deverá arrecadar até 100 bilhões de dólares - está se encaminhado para acontecer no próximo ano, disse o príncipe Mohammed à Reuters em outubro.

No entanto, o governo ainda precisa escolher uma bolsa estrangeira que vai tratar -junto ao mercado saudita- com o que deve ser a maior oferta de ações da história.

Setores em que o processo de privatização tem estado lento incluem grãos, serviço de Correios e sistema de saúde.

"Vai levar mais tempo (do que muitos esperavam)", disse um banqueiro saudita que trabalhou com transações à Reuters.

"Há obstáculos da mudança de prioridades no governo e no plano micro, uma vez que essas são instituições antigas que muitas vezes não mantiveram registros e não estão adequadas ao rigor das privatizações."

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