Trabalhadores empilhando sacos de cimento em uma distribuidora da Holcim: empresa teve queda no lucro operacional subjacente no segundo trimestre (Kemal Jufri/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 11h08.
Zurique/Paris - Previsões fracas de lucro da Holcim e da Lafarge pesaram sobre a recém fundida LafargeHolcim, a maior fabricante mundial de cimento, revelando condições duras que tem levado à maior consolidação no setor.
O presidente-executivo da LafargeHolcim, Eric Olsen, disse nesta quarta-feira que o grupo, produto da fusão de iguais concretizada mais cedo em julho, continua operando em um cenário "exigente" do mercado global que afetou a performance no primeiro semestre.
A Holcim, que teve queda no lucro operacional subjacente no segundo trimestre, disse que esperava resultado semelhante ao do mesmo período do ano passado do lucro operacional ajustado aos custos da fusão para perder cerca de 10 por cento do limite inferior de 2,7-2,9 bilhões de francos suíços.
Já a Lafarge, que anunciou lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em queda de 2 por cento no trimestre comparado ao mesmo período do ano passado, disse que esperava um Ebitda independente de aproximadamente 4 por cento abaixo do limite inferior da margem inicial de 3 a 3,2 bilhões de euros.
Analistas da Kepler Cheuvreux disseram que "a orientação de cortes é bem material para um consenso e nós esperamos mais fraqueza hoje", enquanto acrescentando sinergias geradas da fusão devem ajudar a melhorar os resultados.
Iraque, Brasil e França prejudicam a Lafarge enquanto a Índia e o Brasil foram mercados decepcionantes para a Holcim, completou a Kepler Cheuvreux.