Presidente-executivo da AT&T, Randall Stephenson, defende a fusão das gigantes de telecomunicações americanas (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2011 às 10h24.
Washington - Os principais executivos das operadoras móveis norte-americanas AT&T e da T-Mobile insistiram nesta quarta-feira que sua proposta de fusão beneficiará os consumidores e rejeitou críticas de que a união das empresas irá coibir a inovação.
O presidente-executivo da AT&T, Randall Stephenson, e o da T-Mobile USA, Philipp Humm, se apresentaram diante do subcomitê do Senado norte-americano para defender o negócio, que implicaria em concentração de 80 por cento dos clientes de celulares nos Estados Unidos em apenas duas empresas --a AT&T/T-Mobile e a Verizon Wireless.
A AT&T anunciou ter menos interrupção de chamadas e maiores velocidades de transmissão de dados a fim de atrair apoio de consumidores e formuladores de políticas para sua oferta de 39 bilhões de dólares para assumir o controle da T-Mobile USA, da Deutsche Telekom.
Lesgisladores afirmaram estar intrigados acerca do potencial de expandir serviços de 4G sem fio para mais regiões dos EUA e prover soluções de curto prazo para a falta de espectro, responsável por prejudicar os serviços de transmissão de voz e dados em áreas com alta densidade de conexões.
Mas os legisladores querem mais evidências de que o acordo não irá aumentar os preços para clientes e as opções de diferentes serviços.
Humm, da T-Mobile, reforçou que a companhia, por si só, não conseguiria permanecer competitiva, pois a Deutsche Telekom não é capaz de financiar os investimentos necessários para gerenciar a explosão no uso de dados.
Humm também afirmou que a T-Mobile não detém espectros o suficiente para expandir a cobertura para áreas suburbanas e rurais ou para lançar um serviço de Internet 4G --um problema que poderia ser solucionado pela fusão com a AT&T.
Stephenson, da AT&T, afirmou que o acordo permitirá à AT&T melhorar seus serviços, gerenciar mais tráfego de dados e levar a Internet móvel para 55 milhões de norte-americanos a mais do que poderia sozinha.