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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
TÓQUIO/DETROIT, 5 de fevereiro (Reuters) - O presidente da Toyota Motor, Akio Toyoda, pediu desculpas nesta sexta-feira pelo megarecall convocado pela montadora que ofuscou a reputação da maior montadora de veículos do mundo.
No pronunciamento, o presidente da Toyota expressou "profundo pesar" sobre os problemas causados aos consumidores e anunciou que a empresa vai criar uma força-tarefa global especial de qualidade.
A companhia anunciou recall de aproximadamente 8 milhões de carros no mundo por dois problemas relacionados ao pedal de aceleração. Um desses problemas causou cinco mortes em dois incidentes, segundo autoridades de segurança dos Estados Unidos.
Toyoda, 53, é o neto do fundador da Toyota e tomou posse como presidente no ano passado, com uma promessa de tirar a empresa de seu pior momento e trazer transparência à cultura corporativa.
A montadora perdeu cerca de 30 bilhões de dólares, ou 20 por cento de seu valor, desde 21 de janeiro, quando iniciou o recall. A companhia informou que a convocação dos milhões de veículos vai custar até 2 bilhões de dólares ao resultado operacional da empresa do ano fiscal que se encerra em 31 de março.
Somando-se aos problemas com os aceleradores, autoridades de segurança tanto nos Estados Unidos quanto no Japão estão investigando queixas sobre o freio da última versão do Prius, veículo de motorização híbrida e que foi o carro mais vendido no Japão no ano passado e ícone de projetos ambientais que melhorou a imagem da empresa.
Uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters nesta sexta-feira que a empresa poderá emitir um recall para as versões mais novas do modelo devido a um problema de software que interfere no sistema de freio do veículo em terrenos acidentados ou escorregadios.
O carro híbrido captura energia gerada em frenagens para recarregar a bateria e aumentar o rendimento do motor a gasolina.
Desde o lançamento em maio, a Toyota vendeu 311 mil unidades da versão mais recente do Prius, das quais cerca de 200 mil no Japão e outras 103.200 nos EUA.