Carlos Ghosn: "eu acho que 2017 deve ser um bom ano. Acho que veremos crescimento econômico razoável, particularmente no setor automotivo" (Jiji Press/AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 10h41.
Yokohama - A montadora japonesa Nissan Motor vai registrar vendas recordes em 2017 devido à demanda mais forte diante do crescimento econômico global melhor, compensando o impacto da volatilidade cambial e dos mercados de commodities, disse o presidente-executivo Carlos Ghosn.
Ghosn, que também é presidente-executivo da parceira Renault, disse estar confiante de que a política de comércio dos Estados Unidos sob o governo do presidente eleito Donald Trump continuará a promover fortes relações com o México, onde a Nissan produz veículos para exportação aos EUA.
Há preocupações sobre o risco do aumento de custos para a Nissan e suas rivais se Trump cumprir as promessas de renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) ou aumentar as tarifas dos veículos importados do México.
De acordo com seus mais recentes dados sobre vendas globais, a Nissan vendeu 4,52 milhões de unidades entre janeiro e outubro, após registrar vendas recordes de 5,42 milhões de carros e caminhões em todo o mundo em 2015.
"Eu acho que 2017 deve ser um bom ano. Acho que veremos crescimento econômico razoável, particularmente no setor automotivo... Acho que estabeleceremos um recorde de vendas em 2017", disse Ghosn a repórteres nesta sexta-feira.
Preços de matérias-primas mais altos e flutuações cambiais continuarão a representar riscos para o setor, mas serão compensados pela tendência de crescimento das economias globais que manterá a demanda por carros em alta, disse Ghosn.