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Presidente do Burger King ofende mulheres britânicas e se desculpa

Brasileiro Bernardo Hees criticou também a comida inglesa em palestra nos Estados Unidos

Hees, do Burger King: comentário indigesto gerou protestos de mulheres inglesas (Divulgação)

Hees, do Burger King: comentário indigesto gerou protestos de mulheres inglesas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 12h06.

São Paulo - O presidente mundial do Burger King, o brasileiro Bernardo Hees, despertou a fúria das mulheres britânicas ao afirmar que elas “não são muito atraentes”. O comentário foi feito durante uma palestra a estudantes da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Durante a palestra, Hees relembrou os tempos em que cursava o MBA na Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha. Em um certo momento, Hees afirmou que não havia muitos motivos para se distrair dos estudos. “As mulheres não são muito atraentes e a comida é terrível”, disse.

Para piorar a situação, Hees emendou outra observação, com o objetivo de cativar a audiência americana. “Aqui em Chicago, a comida é boa e vocês são conhecidos pelas belas mulheres.”

As declarações de Hees foram publicadas pelo jornal da universidade, o Chicago Manroom, e geraram uma grande repercussão na imprensa britânica. O departamento de causas femininas do centro acadêmico da Universidade de Warwick publicou uma nota condenando o executivo. “Se ele enxerga as mulheres como uma distração em potencial na academia, como ele as vê no ambiente de trabalho?”

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A má repercussão do caso levou o Burger King a emitir uma nota oficial desculpando-se. “O senhor Hees pede desculpas se o seu comentário ofendeu alguém. Sua intenção era fazer uma anedota que o conectasse com a audiência.”

Hees chegou ao comando do Burger King após a rede ser comprada pela empresa de investimentos 3G, controlada pelo trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira – donos, também, da AB InBev, a maior cervejaria do mundo.

Com 11.500 restaurantes em todo o mundo, o Burger King passou para o controle dos brasileiros em setembro do ano passado, em uma transação de 4 bilhões de dólares. Antes, Hees comandava a ALL, uma das maiores empresas de logística do Brasil. Agora, talvez ele abra mais a boca em público para comer hambúrgueres, do que para fazer comentários indigestos.

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