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Presidente do Bradesco diz que Brasil pode sofrer “contágio positivo” da crise

Para Luiz Carlos Trabuco, investidores vão reconhecer os méritos do país em meio à turbulência global

Trabuco, do Bradesco: pleno emprego e aumento de renda são exemplos de que o Brasil vai bem (Germano Luders)

Trabuco, do Bradesco: pleno emprego e aumento de renda são exemplos de que o Brasil vai bem (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 15h29.

São Paulo – Sim, a crise mundial é “grande” e “intensa” e não haverá jeito de o Brasil escapar à sua contaminação, segundo o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco. Mas, para o banqueiro, é possível que o país sofra um “contágio benigno” e saia fortalecido diante do mercado.

Segundo Trabuco, essa contaminação benéfica significa que os investidores vão reconhecer os pontos positivos do Brasil, como o mercado interno forte, a redução das desigualdades sociais e regionais, democracia plena e um sistema judiciário que garante a estabilidade das regras.

“O mundo vai reconhecer tudo isso”, disse Trabuco, que participou do EXAME Fórum, que acontece hoje na cidade de São Paulo.

Sinal correto

Para Trabuco, outro exemplo de como o governo está agindo corretamente em meio à crise é a redução dos juros básicos de 12,50% para 12%. Segundo o presidente do Bradesco, a decisão foi “adequada”.

“Há indicadores muito negativos na Europa e Estados Unidos, e o Brasil precisa ter mecanismos de defesa num momento em que todos os países adotam medidas de proteção”, afirmou.

Trabuco declarou ainda que, no médio e longo prazo, as taxas de juros no Brasil tendem a convergir para os padrões internacionais. Já o mundo, atualmente, vive uma fase de juros reais negativos.

Bolha

Trabuco afirmou também que não acredita em uma bolha de crédito no Brasil, tendo em vista que o país vive uma situação de pleno emprego. “Emprego e renda são as melhores possibilidades de você ter um processo de crédito saudável”, disse.

No Bradesco, a inadimplência está controlada, segundo o executivo. “Não houve mudança significativa de patamar, a inadimplência foi praticamente residual”, afirmou. O executivo reiterou que não existe essa preocupação no Brasil, pois o endividamento das famílias não compromete a renda nos mesmos níveis do período pré-crise dos Estados Unidos, por exemplo.

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