Avião da GOL: "não tem demissão na empresa. Não estamos pensando nisso", declarou Constantino (Wikicommons)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 20h51.
Brasília - O presidente fundador da GOL, Constantino de Oliveira Junior, e o atual presidente da empresa aérea, Paulo Kakinoff, se reuniram nesta terça-feira, 15, com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Eles negaram que estejam planejando novas demissões, apesar das dificuldades por que passa o setor. "Não tem demissão na empresa. Não estamos pensando nisso", declarou Constantino.
Segundo a assessoria de Carvalho, os dois vieram pedir uma solução para o fundo de pensão Aerus, que está sob intervenção desde 2006. Ele reúne dez mil aposentados e pensionistas que trabalharam nas empresas aéreas Varig e Transbrasil e que acabaram desamparados por causa de um rombo financeiro. Por causa disso, o valor de aposentadorias e pensões pagas mensalmente aos ex-funcionários é de apenas 8% do valor devido, conforme as contribuições feitas ao longo dos anos por cada funcionário. De acordo com a assessoria, Gilberto teria dito aos empresários que não estava acompanhando o assunto e não sabia exatamente como o tema estava sendo tratado no governo. Mas disse que iria se inteirar e depois poderia dar um retorno, sem marcar uma data para isso.
Os executivos não abordaram o tema Aerus na entrevista que concederam ao final da audiência. Constantino disse que não trataram de "nenhum tema específico de aviação". Segundo explicou, "os temas que temos tratado de aviação têm sido através da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), de forma institucional". Eles não quiseram falar sobre uma das principais queixas das empresas aéreas, o preço do combustível de aviação que onera as passagens por causa das variações do dólar.
O presidente da GOL, por sua vez, responsabilizou as operadoras de turismo que fazem bloqueios de lugares em voos em determinadas datas pelos altos valores que estão sendo cobrados para as passagens aéreas para o período da Copa do Mundo, em julho do ano que vem. "As operadoras fazem bloqueio para o período da Copa, uma vez que não se sabe ainda quais são as sedes que vão receber cada uma das equipes", disse Kakinoff.
Ele explicou que, dessa forma, a maior parte dos assentos fica ocupada, o que tem impacto nas tarifas. Porém, essa é uma ocupação que pode não se concretizar. A expectativa é que, uma vez realizado o sorteio das sedes da Copa, haja alteração nos preços.