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Presidente da Eletrobras espera capitalização para o segundo semestre

O desafio deve ser o trâmite no Congresso. O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, já disse que o tema é espinhoso e não gostaria de falar em prazo

Ferreira, da Eletrobras: "no futuro, vai ter dois tipos de companhia: as rápidas e as mortas, do jeito que estamos estaremos entre as mortas" (Germano Lüders/Site Exame)

Ferreira, da Eletrobras: "no futuro, vai ter dois tipos de companhia: as rápidas e as mortas, do jeito que estamos estaremos entre as mortas" (Germano Lüders/Site Exame)

NF

Natália Flach

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 15h20.

São Paulo - Depois de idas e vindas nas expectativas sobre a capitalização da Eletrobras, Wilson Ferreira, presidente da companhia, disse que espera que a emissão secundária de ações (follow on) aconteça no segundo semestre. "O objetivo é que saia neste ano, como definido pelo governo", afirmou nesta quarta-feira, durante evento do Credit Suisse, em São Paulo.

"No futuro, vai ter dois tipos de companhia: as rápidas e as mortas, do jeito que estamos estaremos entre as mortas. A privatização é uma saída para o Brasil." Segundo o executivo, o follow on é simples, público e com referência de preço. "Há benefícios para o país, para o governo enquanto acionista, para a bolsa. Sem falar que tem contrapartidas para os clientes como no São Francisco."

Na semana passada, o governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020, disse o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. O bloqueio se deve às crescentes incertezas em relação à privatização da empresa, que ainda precisa do aval do Congresso.

“Se não houver evolução no projeto da estatal nesse início de ano, vamos ter que contingenciar o Orçamento em 16 bilhões de reais”, disse Mansueto, na semana passada. O valor é quanto o governo espera arrecadar no processo de capitalização da Eletrobras, no qual a União deixará de ter o controle da companhia.

Nada indica, no entanto, que haverá evolução no andamento do projeto da Eletrobras no Legislativo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, afirmou à Bloomberg que o tema é espinhoso e que “não gostaria de falar em prazos” para a aprovação da proposta.

Ferreira sabe disso. "Existe um trâmite normal: qualquer projeto do Executivo vai primeiro para a Câmara e depois para o Senado. Não adianta a gente querer correr, sem explicar para todos o que vai ser a capitalização."

 

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