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Presidente da Eletrobras defende compra de 51% da Celg

O negócio, aprovado em assembleia-geral de acionistas no fim de setembro, é avaliado em R$ 59,5 milhões


	Eletrobras: negócio com a Celg é avaliado em R$ 59,5 milhões
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Eletrobras: negócio com a Celg é avaliado em R$ 59,5 milhões (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 14h48.

Brasília - O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, defendeu nesta quarta-feira, 19, a compra de 51% da Celg, de Goiás, pela estatal.

O negócio, aprovado em assembleia-geral de acionistas no fim de setembro, é avaliado em R$ 59,5 milhões.

Para o executivo, a companhia goiana precisa de investimentos de R$ 1,6 bilhão nos próximos quatro anos.

O executivo participa de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

"Em 2011, a Celg estava em total desequilíbrio econômico-financeiro, o que conduzia a um risco de desabastecimento elétrico em Goiás. As tarifas estavam congeladas desde 2006 e a empresa estava impedida até mesmo de receber os créditos do Programa Luz Para Todos", afirmou.

"A empresa tinha R$ 6,11 bilhões de endividamento e, como não tinha crédito no mercado, os investimentos estavam praticamente paralisados", completou.

De acordo com o executivo, a dívida da Celg já caiu para R$ 2,2 bilhões e a companhia passou a ficar "totalmente adimplente".

"Agora a Celg pode prorrogar sua concessão, receber reajustes tarifários e créditos dos fundos setoriais", afirmou.

Carvalho Neto também alegou que o patrimônio líquido da empresa, que antes estava negativo, agora está zerado.

A expectativa de investimentos da empresa em 2014 é de R$ 220 milhões. Segundo Carvalho Neto, a Celg tem investimentos críticos em curso e está recuperando vulnerabilidades do sistema.

"Em 2011 foram apenas R$ 65 milhões em investimentos, mesmo volume de 2012. Estimamos que cerca de R$ 600 milhões em investimentos deixaram de ser feitos no passado. Para corrigir o problema, precisamos de R$ 1,6 bilhão em investimentos nos próximos quatro anos", completou.

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