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Presidente da Best Buy deixa o cargo em meio a reestruturação

Maior varejista de eletroeletrônicos dos Estados Unidos luta para se reerguer

Loja da Best Buy: dificuldade para reagir à mudança nos consumo (Spencer Platt/Getty Images)

Loja da Best Buy: dificuldade para reagir à mudança nos consumo (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 17h51.

São Paulo – A Best Buy anunciou, nesta terça-feira, que Brian Dunn deixou o cargo de presidente executivo da companhia. Seu lugar será ocupado, interinamente, por G. Mike Mikan, membro do conselho de administração.

A Best Buy é a maior rede de varejo de eletroeletrônicos dos Estados Unidos, mas vem enfrentando graves problemas para manter a competitividade. No mês passado, por exemplo, a empresa admitiu que precisa chacoalhar seu modelo de negócios.

A companhia também planeja fechar 50 de suas maiores lojas. Além disso, o espaço de algumas de suas 1.400 lojas remanescentes será revisto, e a intenção é sublocar parte para pequenos varejistas.

Com isso, a Best Buy espera reduzir os custos em 800 milhões de dólares até 2015. A reestruturação inclui a demissão de 400 pessoas.

A saída de Dunn, contudo, foi apresentada pela companhia como “consensual”. Segundo comunicado, o executivo e a Best Buy entenderam que é hora de dar espaço para um novo tipo de liderança.

Gigante obsoleto?

Segundo a imprensa internacional, a Best Buy enfrenta dois problemas. O primeiro é a queda da venda de produtos com maior margem de lucro, como TVs, câmeras digitais e videogames. O segundo é uma mudança no comportamento dos consumidores.

Os americanos estão preferindo, cada vez mais, varejistas com o modelo “one-stop-shopping”, isto é, grandes cadeias que oferecem de tudo – de roupas a eletroeletrônicos. Grandes lojas como a Best Buy servem, agora, mais como mostruário, onde o cliente toma contato com o produto e, depois, vai comprá-lo na concorrência. Isso inclui, ainda, sites de comércio eletrônico, como a Amazon.

Com tudo isso, os números da Best Buy se deterioram. No ano fiscal encerrado em março, a empresa sofreu um prejuízo de 1,23 bilhão de dólares, frente a ganhos de 1,28 bilhão no ano anterior.

As vendas cresceram 2%, para 50,71 bilhões de dólares. Isso ocorreu, contudo, graças à abertura de novas lojas. Se considerado apenas o desempenho das mesmas lojas (aquelas com mais de 12 meses de funcionamento), houve queda de 1,7% nas vendas.

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