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Presidente da BP pode estar de saída, dizem fontes

Tony Hayward deve entregar o cargo após a maneira como conduziu a empresa durante o vazamento de óleo no Golfo do México

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

LONDON/HOUSTON (Reuters) - A BP decidiu que seu presidente-executivo, Tony Hayward, deve entregar o cargo após a maneira como conduziu a empresa durante o vazamento de óleo no Golfo do México e sua saída pode ser anunciada nos próximos dias, disseram fontes ligadas à empresa neste domingo.

O conselho administrativo da British Petroleum discutirá o momento ideal para a demissão de Hayward quando se reunir na segunda-feira, data em que irá analisar os resultados da companhia no segundo trimestre para divulgá-los no dia seguinte, informaram as fontes.

"Os detalhes estão sendo acertados", declarou uma fonte.

A empresa sediada em Londres pode anunciar já na terça-feira que Hayward irá se retirar nos próximos meses após um período de transição, sempre segundo as fontes ouvidas.

Entretanto, a companhia também cogita adiar o anúncio da saída de Hayward até que o poço de Macondo, selado com uma tampa temporária depois de vazar até 60 mil barris por dia no mar, seja fechado definitivamente.

Uma reportagem da BBC News disse que Hayward vem negociando os termos de sua demissão e que uma declaração formal deve ser emitida nas próximas 24 horas.

A BP, que perdeu 40 por cento de sua capitalização de mercado desde a explosão que causou o vazamento, não comentou a reportagem e disse que Hayward continua sendo seu CEO com pleno apoio de sua administração.

Mas um porta-voz da empresa recusou-se a repetir as declarações da BP da semana passada de que o conselho nem sequer estava discutindo o futuro de Hayward.

O executivo tornou-se um para-raios da ira pública nos Estados Unidos por culpa do vazamento e por gafes como dizer na TV que deseja ter sua vida de volta e ir velejar durante o desastre.

Os investidores temem que a manutenção de Hayward no cargo torne mais difícil para a BP reconstruir sua reputação nos EUA, onde a empresa tem 40 por cento de seus ativos.

 

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