Tony Hayward: "entendo que seja mais fácil atacar um indivíduo que uma companhia" (AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2010 às 11h23.
Washington - O atual presidente da BP, Tony Hayward, questionado por sua gestão da maré negra no Golfo do México, afirmou que gostaria de se manter no cargo, mas que renunciou por amor ao grupo britânico, afirmou nesta sexta-feira ao Wall Street Journal.
Na primeira entrevista que deu depois de anunciar sua demissão, Hayward, de 53 anos, afirmou ao jornal que foi injustamente vilipendiado pela explosão e posterior afundamento da plataforma operada pela BP, que avariou um poço e deu origem à pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos.
"Eu me converti num vilão por fazer o certo", afirmou Hayward. "Mas entendo que seja mais fácil atacar um indivíduo que uma companhia".
Com relação a sua demissão, anunciada na terça-feira e que será efetivada em 1º de outubro, Hayward disse que deixará o cargo com muito pesar.
"Não queria deixar a BP porque amo esta companhia. É por amor à companhia que devo partir", enfatizou.