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Prejuízo da Oi aumenta três vezes no 3º tri, para R$ 5,7 bilhões

A Oi iniciou, recentemente, o processo de venda de sua operação de telefonia móvel. Telefônica, dona da Vivo, e TIM podem estar entre os interessados

Oi: O prejuízo bilionário coloca a Oi no topo do ranking de maiores prejuízos entre as empresas abertas (Germano Luders/Exame)

Oi: O prejuízo bilionário coloca a Oi no topo do ranking de maiores prejuízos entre as empresas abertas (Germano Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 11h25.

Última atualização em 2 de dezembro de 2019 às 11h44.

A empresa de telecomunicações Oi reportou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 5,7 bilhões de reais no terceiro trimestre. O número representa um aumento de quase 340% em relação à perda apurada um ano antes, de 1,3 bilhão de reais, conforme dados consolidados. Não por um acaso, as ações da companhia recuavam 2,4% para 1,22 real, por volta das 11h40.

A companhia adiou a divulgação de seu resultado de terceiro trimestre, prevista inicialmente para o mês passado, citando trabalho adicional gerado pela necessidade de realizar auditoria completa sobre os números e cumprir um acordo prévio acertado com o órgão fiscalizador dos mercados do Estados Unidos (SEC).

O prejuízo bilionário coloca a Oi no topo do ranking de maiores prejuízos entre as empresas abertas. O levantamento anterior, realizado pela consultoria Economática apontava a Suzano, empresa de papel e celulose, como dona do maior prejuízo do terceiro trimestre, com perdas de 3,5 bilhões de reais.

A companhia, em recuperação judicial, tem realizado iniciativas para transformar seu negócio, como o foco em fibra e infraestrutura, venda de ativos não estratégicos e captação de recursos. A Oi iniciou, recentemente, o processo de venda de sua operação de telefonia móvel. Telefônica, dona da Vivo, e TIM podem estar entre os interessados nos ativos.

Principais números

O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina com IFRS 16 ficou em 1,37 bilhão de reais, queda de 14% em relação ao segundo trimestre. A margem Ebitda de rotina caiu a 27,5%, ante 31,4%.

A receita líquida de clientes no Brasil totalizou 4,8 bilhões de reais, queda de 7,8% na comparação ano a ano, com o Ebitda de rotina somando 1 bilhão de reais, declínio de 30,7% na mesma base de comparação.

No trimestre, o resultado operacional da Oi antes do resultado financeiro e dos tributos (EBIT) foi negativo em 3,35 bilhões, comparado ao resultado negativo de 6 milhões de reais há um ano. A companhia também registrou resultado financeiro líquido negativo, com perdas de 2,13 bilhões de reais.

Entre os motivos para o prejuízo estão itens não recorrentes, no total de 2,8 bilhões de reais. A companhia contabilizou um impairment, ou redução de valor de ativos, no montante de 3,34 bilhões de reais. Além disso, recebeu créditos de PIS e Cofins sobre ICMS de 531 milhões de reais.

A operadora de telefonia encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida de 14,7 bilhões de reais e caixa disponível de 3,18 bilhões de reais, ante 15,57 bilhões e 4,3 bilhões de reais no final de junho.

Segundo Fred Mendes, analista do Bradesco BBI, a queda do Ebitda foi mais acentuada do que o previsto — veio 15% abaixo da projeção do banco de investimentos. A receita da empresa também ficou 1,3% aquém das expectativas da casa. "No entanto, temos recomendação de outperform (acima da média de mercado) para a Oi, com preço-alvo de 1,80 real", escreve o analista.

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