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Prejuízo da Marfrig aumentou 133,4% no 1º tri, para R$ 237,9 mi

O CEO da empresa disse que a valorização do real do período e a Operação Carne Fraca da Polícia Federal influenciaram negativamente o resultado

Marfrig: "O primeiro trimestre é sempre um período desafiador, certamente o mais difícil da companhia dentro do qual tivemos vários acontecimentos" (Marfrig/Divulgação)

Marfrig: "O primeiro trimestre é sempre um período desafiador, certamente o mais difícil da companhia dentro do qual tivemos vários acontecimentos" (Marfrig/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de maio de 2017 às 21h35.

São Paulo - A Marfrig Global Foods apresentou prejuízo líquido no primeiro trimestre deste ano de R$ 237,9 milhões, um aumento de 133,4% sobre a perda de R$ 101,9 milhões registrado no mesmo período de 2016.

A receita líquida somou R$ 4,136 bilhões, queda de 16%, ante R$ 4,906 bilhões.

A empresa registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado de R$ 334 milhões, 24,6% menor que no primeiro trimestre de 2016 (R$ 443 milhões).

A margem Ebitda ficou em 8,1%, de 9% no mesmo intervalo do ano anterior. O CEO da empresa, Martin Secco, disse ao Broadcast Agro que a valorização do real do período e a Operação Carne Fraca da Polícia Federal influenciaram negativamente o resultado da empresa.

"O primeiro trimestre é sempre um período desafiador, certamente o mais difícil da companhia dentro do qual tivemos vários acontecimentos", disse.

Segundo o executivo, assim como as demais empresas do setor, a Marfrig precisou reter exportações, devido ao embarque de países importadores, o que elevou gastos com estoques.

Além disso, no mercado interno, houve queda do preço da carne e no consumo. A empresa também teve dificuldade na aquisição de gado a prazo e precisou realizar mais compras à vista.

A alavancagem da empresa passou de 3,98 vezes ao fim do quarto trimestre de 2016 para 4,08 vezes neste primeiro trimestre.

Segundo o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Marfrig, Eduardo Miron, o aumento se deve à queda do Ebitda.

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