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Positivo nega rumores de venda – de novo

Boatos recorrentes de que a empresa está em negociação se devem à sua importância no Brasil, segundo especialista

Positivo: empresa é vista como estratégica para entrada no mercado brasileiro (Divulgação)

Positivo: empresa é vista como estratégica para entrada no mercado brasileiro (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 19h00.

São Paulo - Rumores de que a Positivo Informática, maior fabricante nacional de computadores, estava à venda mais uma vez voltaram a circular nesta semana. Os boatos elevaram as ações da companhia na bolsa. Na segunda-feira (7/2), as ações ordinárias da empresa (POSI3, com direito a voto) fecharam em alta de 4,42%, negociados a 9,42 reais. Nesta terça-feira, após a companhia ter negado mais uma que seu controle estaria em negociação, os papéis voltaram a cair e encerram o dia em alta de 2,54%, cotadas a 9,69 reais.

Em nota ao mercado, a companhia afirmou que tais rumores não têm fundamento, uma vez que não existe negociação em curso. Em relação às oscilações de seus papéis, a empresa não tem conhecimento de qualquer informação que justifique a alta no preço de suas ações. Na bolsa de apostas desta semana, a HP era a possível interessada na companhia. Procurada por EXAME.com, a empresa afirmou que não vai comentar rumores de mercado.

Recorrente

Verdade ou não, esta não é a primeira vez que uma suposta negociação de venda da Positivo ganha evidência. Em 2008, após contratar a assessoria do banco UBS, especializado em operações de vendas e fusões, boatos de que a Dell e a HP estavam interessadas na companhia vieram à tona. No mesmo ano, a Lenovo, fabricante chinesa de computadores, fez uma oferta de 1,6 bilhão de reais pela brasileira. Na época, a Positivo recusou a proposta.

No ano passado, a agência de notícia chinesa Xinhua publicou uma nota afirmando que a Lenovo havia comprado a Positivo. O alarme era falso e chegou a gerar desconforto entre a empresa e seus acionistas. A Lenovo recentemente afirmou que não descarta o interesse na companhia brasileira.

Empresa cobiçada

Segundo Oscar Malvessi, coordenado do curso de fusões e aquisições da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o interesse de empresas internacionais na Positivo é mais do que normal. O professor não descarta, inclusive, que rumores ainda possam ser confirmados no futuro. “A Positivo é uma boa alternativa para que companhias estrangeiras cresçam no mercado de informática brasileiro”, afirmou.
 
Um motivo é que a companhia é uma das principais fornecedoras de computadores para o governo, participando sempre de licitações. Atingir principalmente a classe C, que está em plena ascensão no Brasil e atuar na área educacional são fatores que também justificam o grande interesse das companhias na Positivo.

Há três anos, o setor de tecnologia da informação lidera as fusões e aquisições no Brasil. De acordo com Malvessi, entre 60 e 90 negócios foram fechados neste segmento nos últimos quatro anos no país. E, por ora, a Positivo parece não querer engrossar as estatísticas.

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