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Portugal não consegue vender Novo Banco

As ofertas pelo Novo Banco, que surgiu da parte boa que sobrou do Banco Espírito Santo, foram muito baixas, segundo o banco central de Portugal


	Agência do Banco Espírito Santo em Lisboa, Portugal
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Agência do Banco Espírito Santo em Lisboa, Portugal (Mario Proenca/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 17h49.

Lisboa - As ofertas pelo Novo Banco, que surgiu da parte boa que sobrou do Banco Espírito Santo (BES) após um resgate de 4,9 bilhões de euros em 2014, foram muito baixas devido a incertezas relativas as exigências de capital, disse o banco central português nesta terça-feira.

O Banco de Portugal disse em comunicado que as negociações com potenciais compradores foram encerradas e que irá relançar o processo de venda do Novo Banco quando novas exigências de capital estabelecidas pelo Banco Central Europeu forem conhecidas nos próximos meses.

"A intenção é continuar o processo de venda após os principais fatores de incerteza forem removidos, e, mais precisamente, após serem conhecidos os níveis de exigência de capital do BCE para a união bancária", disse o banco central português.

O Banco de Portugal não chegou a um acordo com o chinês Fosun International e o fundo norte-americano Apollo durante as conversações na semana passada. No início deste mês, negociações com o também chinês Anbang já haviam fracassado.

A quebra do BES em agosto 2014 sob o peso de dívidas da família fundadora foi o maior colapso financeiro da história de Portugal.

O Novo Banco é o "banco bom" criado a partir BES.

Uma fonte próxima ao processo de venda do Novo Banco disse que os bancos insistiram em adiar a venda, porque eles não querem pagar a conta por qualquer diferença entre os lances e o pacote de resgate.

Pelos termos do resgate, o Novo Banco deve ser vendido em até dois anos, mas o prazo pode ser prorrogado por períodos de um ano se for considerado de interesse público.

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