Negócios

Porto do Itaqui quer movimentar 17 mi de toneladas em 2014

Companhia quer ter um crescimento de mais de 10 por cento neste ano


	Porto do Itaqui: empresa possui uma meta ambiciosa para o porto no longo prazo, de elevar a movimentação a 150 milhões de toneladas em 20 anos
 (Divulgação/MPX)

Porto do Itaqui: empresa possui uma meta ambiciosa para o porto no longo prazo, de elevar a movimentação a 150 milhões de toneladas em 20 anos (Divulgação/MPX)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 14h31.

São Paulo - Após uma leve queda na movimentação de cargas em 2013, a estatal Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que administra o Porto do Itaqui, quer ter um crescimento de mais de 10 por cento neste ano, com novos berços e o início da movimentação de celulose da recém inaugurada fábrica da Suzano.

Segundo o presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, a empresa possui uma meta ambiciosa para o porto no longo prazo, de elevar a movimentação a 150 milhões de toneladas em 20 anos. O número é até mesmo acima do registrado atualmente pelo porto de Santos, o maior do país, que movimentou 114 milhões de toneladas em 2013.

"Desde 2010, o Porto do Itaqui cresce 10 por cento ao ano. Ano passado caiu um pouco porque o mercado caiu também, mas este ano, o plano é movimentar 17 milhões de toneladas", disse ele, à Reuters.

No ano passado, a movimentação de cargas em Itaqui totalizou 15,31 milhões de toneladas, levemente abaixo dos 15,75 milhões de toneladas registrados em 2012.

Itaqui terminou o ano passado como o quinto maior porto organizado do Brasil em movimentação, atrás de Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Itaguaí (RJ) e Santos (SP), segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O porto será beneficiado com o início das operações da fábrica de celulose da Suzano em Imperatriz (MA), com capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. A fábrica começou a produzir no final de 2013, volta quase que exclusivamente para exportação.

"Com a fábrica da Suzano já movimentamos um navio com 15 mil toneladas no início da semana e temos outro navio", disse Fossati.


Segundo ele, o Porto também estuda a construção de um berço de atracação com foco principalmente em celulose, mas que também irá atender outras cargas.

"O berço 99 será para celulose e carga geral. Estamos estudando o financiamento", afirmou Fossati, acrescentando que a empresa avalia parcerias com a iniciativa privada para o projeto.

Além do berço para celulose, a Emap está investindo 60 milhões de reais na construção do berço 108, dedicado a granéis líquidos e que ampliará a capacidade do porto em 40 por cento.

No porto também estão sendo construídos projetos como o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), com investimentos de 600 milhões de reais, Armazém de Cobre (107 milhões de reais), e um projeto da Eneva para manuseio de carvão para termelétrica (221 milhões de reais).

Questionado sobre os acessos ao porto, Fossati destacou que a empresa acompanha de perto problemas enfrentados em locais como o Porto de Santos para evitar sofrer com filas de caminhões como acontece na instalação paulista.

"Nós estamos com um modal beneficiado por 75 quilômetros de ferrovias. Em rodovias, há a duplicação da BR-135", afirmou Fossati. "Temos visto o que está acontecendo (em Santos) e a gente procura enxergar condições ideais para evitar o problema." De acordo com o executivo, o Tegram está investindo em um pátio de contenção de carretas, para liberá-las ao porto de acordo com o fluxo, e assim evitar filas.

No segmento ferroviário, o porto é atendido pela Malha Nordeste e Estrada de Ferro Carajás, pela Companhia Ferroviária do Nordeste e Vale.

Acompanhe tudo sobre:Comércio exteriorEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasExportaçõesgestao-de-negociosImportaçõesInfraestruturaMadeiraMetasPapel e CelulosePortossuzanoTransportes

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões