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Porto cubano poderá ter expansão mais rápida, diz Odebrecht

Melhoria das relações entre Cuba e Estados Unidos pode levar a uma expansão mais rápida do porto de Mariel, segundo executivo da Odebrecht


	Vista do porto de Mariel: Odebrecht completou o projeto de US$ 800 milhões há pouco mais de um ano
 (Adalberto Roque/AFP)

Vista do porto de Mariel: Odebrecht completou o projeto de US$ 800 milhões há pouco mais de um ano (Adalberto Roque/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 21h13.

Havana - A melhoria das relações entre Cuba e Estados Unidos pode levar a uma expansão mais rápida do porto no qual o país tem apostado muito do seu futuro econômico, disse nesta sexta-feira um executivo da empresa que construiu o empreendimento.

A Odebrecht completou o projeto de 800 milhões de dólares em Mariel, a oeste de Havana, há pouco mais de um ano. Ele é visto como um centro de distribuição potencial para o Caribe e Américas Central e do Sul, e está no centro de uma zona de desenvolvimento especial projetada para atrair investimento estrangeiro em Cuba.

Os Estados Unidos e Cuba estão restaurando relações diplomáticas após cinco décadas de hostilidades, embora o comércio total e viagens vão demorar mais tempo, já que o presidente dos EUA, Barack Obama, precisa do Congresso, dominado por republicanos, para suspender completamente o embargo econômico a Cuba.

Mauro Hueb, diretor de operações da Odebrecht em Cuba, disse que espera um aumento no investimento estrangeiro, como resultado de uma melhor expectativa.

"Acreditamos que (o embargo) será suspenso no curto a médio prazo", disse ele à Reuters em entrevista nesta sexta-feira. "Os cubanos sempre tiveram esperança de que o bloqueio seria suspenso e Mariel foi um projeto que olhou para o futuro." A Odebrecht também tem interesse em hotéis e no mercado de açúcar em Cuba, planos para construir uma fábrica de plásticos em Mariel, e está expandindo o Terminal 3 do aeroporto internacional de Havana, sendo uma defensora óbvia de Cuba.

Muitos potenciais investidores estrangeiros são mais céticos em fazer negócios na ilha de governo comunista, preocupados com a segurança dos investimentos em um país que tem mostrado uma vontade de assumir as empresas que acha atraentes ou prender executivos estrangeiros.

Em Mariel, a Odebrecht construiu 700 metros do porto que liga estradas e linhas de trem em uma fase inicial que deve durar de oito a 10 anos antes de expandir-se. Com demanda suficiente, Cuba pode triplicar a infraestrutura da orla para 2.140 metros.

Hueb disse que pode ser necessária uma expansão mais cedo, embora ele não preveja exatamente em quanto tempo. O embargo bane embarcações comerciais de portos nos Estados Unidos durante seis meses depois de atracarem em Cuba.

"Pode haver uma aceleração do plano mestre para Mariel com a possível suspensão do embargo", disse Hueb.

Na fase inicial, Mariel tem capacidade de lidar com um milhão de contêineres por ano e até agora atingiu 30 a 40 por cento disso, segundo Hueb.

Um ano depois de Cuba declarar a zona de Mariel aberta para negócios, nenhuma empresa estrangeira assinou um acordo. Uma fábrica de plásticos da Odebrecht deveria receber aprovação do governo cubano no segundo semestre de 2014, mas foi adiada para algum momento em 2015.

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