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Por que o Nubank investiu em uma fintech indiana de mais de US$ 300 mi

Jupiter acabou de lançar um app que pretende funcionar como conta inteligente com dicas de uso e educação financeira; rodada co-liderada pelo Nubank foi de US$ 44 milhões

Tela do aplicativo indiano Jupiter, que acaba de receber aporte do Nubank | Foto: Reprodução (Jupiter/Reprodução)

Tela do aplicativo indiano Jupiter, que acaba de receber aporte do Nubank | Foto: Reprodução (Jupiter/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2021 às 18h43.

Última atualização em 8 de agosto de 2021 às 08h27.

Maior banco digital do mundo, o Nubank surpreendeu o mercado na quinta-feira, dia 5, ao co-liderar um investimento de 44 milhões de dólares em uma fintech indiana, a Jupiter. Com a rodada Series B, a startup passou a ser avaliada em 300 milhões de dólares.

O movimento do Nubank chamou a atenção de especialistas, uma vez que, por ora, a sua expansão internacional se dá em dois mercados da América Latina com similaridades com o brasileiro: Colômbia e México. E também porque foi o primeiro investimento do Nubank em uma companhia que não será incorporada.

O cofundador e CEO global do Nubank, David Vélez, explicou a decisão de investimento à EXAME Invest.

"Na Índia, assim como no Brasil, vemos uma alta concentração de mercado nas mãos de poucos players e tarifas altas. Vamos contribuir com situações que já vivemos aqui em nosso próprio processo disruptor de um mercado tradicional e também vamos aprender de volta com desafios e situações novas em que a Jupiter tem expertise", afirmou Vélez.

Além do Nubank, a Jupiter atraiu investidores de peso com foco em serviços financeiros digitais, como Sequoia Capital, Matrix Partners e Global Founders Capital. A Sequoia já investiu no PayPal, no Robinhood, na Square e na Klarna.

A façanha de atração de investidores de peso aconteceu apenas um mês depois do lançamento do aplicativo da Jupiter em fase beta, ou seja, de testes para uma base limitada de usuários -- no caso, apenas convidados. A fintech tem dois anos.

"Nós acreditamos que uma conta bancária deva ser uma conta inteligente, que possa dar insights ao cliente, dicas personalizadas e sirva como guia para que a pessoa alcance alguma disciplina financeira", disse o fundador da Jupiter, Jitendra Gupta, ao site TechCrunch em recente entrevista.

Um exemplo seria uma oferta customizada de crédito para um cliente que esteja com saldo baixo e pagamentos a fazer.

Gupta é considerado um veterano da indústria de fintechs na Índia, depois de ter fundado a Citrus Pay, uma startup de pagamentos online que acabou adquirida pelo grupo sul-africano Naspers em 2016 por 130 milhões de dólares.

O Nubank, que já conta com mais de 40 milhões de clientes no mundo, se prepara para ganhar escala nos seus dois primeiros mercados fora do Brasil.

No México, o banco digital já recebeu mais de 2 milhões de inscrições e é uma das maiores emissoras de novos cartões de crédito. Na Colômbia, onde o Nubank desembarcou há cerca de oito meses, mais de 300 mil colombianos já se inscreveram na lista de espera para se tornarem clientes do cartão de crédito.

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