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Por que o Marriott espera que o Brasil seja sua nova China

Rede hoteleira vai trazer duas novas bandeiras para o mercado brasileiro, a Courtyard e a Fairfield, e espera estar quatro vezes maior por aqui até 2017

EXAME.com (EXAME.com)

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Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 21 de março de 2013 às 09h14.

São Paulo – O grupo hoteleiro Marriott Internacional nomeou recentemente Craig Smith para o cargo de primeiro presidente da rede para o Caribe e América Latina. O executivo, que esteve por quase uma década à frente das operações da companhia na Ásia e Pacífico e é responsável pelo sucesso da expansão da rede por lá, tem a mesma tarefa nas novas regiões que irá comandar. O Brasil será um dos principais países onde ele e sua equipe vão focar seus esforços.

De passagem pelo país, Smith falou com exclusividade a EXAME.com, e disse que, entre os planos da companhia, está o de quadruplicar o número de hotéis do grupo por aqui e repetir no Brasil o que fez na China – lá o Marriott tem 60 hotéis em operação e outros 70 em construção. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida pelo executivo:

EXAME.com – O Marriott está no Caribe e América Latina há mais de 20 anos. Por que só agora a região ganhou um presidente só seu?
Craig Smith –
Trabalhei nove anos na Ásia e Pacífico e pude participar da expansão bem-sucedida das nossas bandeiras na região. Teve época em que abríamos dois hotéis por mês apenas na China. Hoje, naquele país, nós temos 60 hotéis em operação e outros 70 em fase de construção. A ideia é repetir o sucesso também na América Latina e dobrar o tamanho das nossas operações, de 75 hotéis atualmente para, no mínimo, 145, até 2017.

EXAME.com – E o que está reservado para o mercado brasileiro?
Smith –
O Brasil e o México são os dois países onde vamos fazer os maiores investimentos. Em uma recente reunião com Arne Sorenson, presidente global da rede, ele afirmou que quer que o Brasil cresça mais que a Índia, por exemplo. Atualmente, temos 50 hotéis em construção por lá.

EXAME.com – No Brasil, existem projetos já em andamento?
Smith –
Além dos cinco hotéis que já estão operando, outros quatro estão sendo construídos. Um em Recife, um em Porto Alegre e dois em Curitiba. Desses, pelo menos dois estarão prontos até o próximo ano para a Copa do Mundo.


EXAME.com – E o Rio de Janeiro? O grupo tem algum projeto por conta das Olimpíadas?
Smith –
Temos interesse em boa parte das regiões brasileiras. Já temos um hotel no Rio e estudamos expandir nossas operações por lá, mas não por conta dos jogos olímpicos, porque o evento dura apenas um mês. Nunca pensaríamos em um projeto por conta de um acontecimento específico.

EXAME.com – O grupo Marriott possui dezenas de bandeiras, mas apenas três estão no Brasil. Vocês planejam trazer outras marcas de hotéis para o país?
Smith –
Sim, mas não todas. Queremos trazer o que temos de melhor. Dos quatro hotéis que estão em construção, dois serão Fairfield e os outros dois da bandeira Courtyard, redes consideradas quatro estrelas. Vamos trabalhar com cinco bandeiras no total por aqui.

EXAME.com – Até 2017, o plano é abrir 70 hotéis na América Latina e Caribe. Quantos serão no Brasil?
Smith –
Pelo menos, queremos chegar a 20 hotéis aqui nos próximo cinco anos, mas isso é o mínimo. Esse número pode ser muito maior.  

EXAME.com – Essa expansão será apenas por meio de construção de novos empreendimentos?
Smith –
Não necessariamente. Podemos fechar parcerias, como fizemos no final de 2011 com o SPA dos Vinhos, em Bento Gonçalves (RS). O hotel já existia e fechamos uma sociedade com a nossa bandeira Autograph Collection, que está inserido na categoria de hotel boutique.

EXAME.com –Você pode falar sobre valores de investimentos para os próximos cinco anos na América Latina e Caribe?
Smith –
Posso valor que vamos dobrar o nosso faturamento até 2017. Atualmente, faturamos cerca de 1,8 bilhão de dólares com essas regiões.

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