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Escritor sugere que o Google apure o foco

Segundo especialista, para criar novos produtos e serviços mais rentáveis, o gigante da internet deve olhar para o consumidor, não para o acionista

Política do Google de permitir que funcionários tenham 20% de tempo livre para fazer o que gostam não tem rendido o esperado pela empresa (Getty Images)

Política do Google de permitir que funcionários tenham 20% de tempo livre para fazer o que gostam não tem rendido o esperado pela empresa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 15h33.

São Paulo - Apesar da onda de contratações anunciada neste ano, que vai elevar o pessoal do Google em 25%, ainda não se sabe se a empresa conseguirá aumentar o rendimento de seus novos serviços e produtos, na opinião do escritor e consultor Steve Denning.

Com cerca de 95% de sua receita mantida por anúncios no site de buscas, o quórum crescente de funcionários não tem surtido grande efeito na criação de novidades que possam combater concorrentes como Facebook, Twitter e Apple, argumenta Denning.

Em artigo publicado no site da revista Forbes, Denning afirma que, com exceção do sistema operacional Android, a maior parte dos esforços de inovação da empresa surtiu poucos efeitos sobre sua receita. Quando o rendimento das inovações produzidas internamente caiu, o jeito encontrado para crescer foi comprar outras empresas como o YouTube. Essa estagnação, segundo ele, é um dos sintomas ocasionados pela perda do foco na satisfação do cliente e pela necessidade de render sempre mais e mais a acionistas e investidores, fenômeno comum entre as grandes empresas de capital aberto.

Somado a isso, a política de deixar os funcionários livres para investir 20% de seu tempo em qualquer coisa que tenham vontade também tem se mostrado um verdadeiro tiro no pé. Segundo o especialista, ao contrário do que se esperava, os empregados não costumam usar seu tempo para pensar em novidades úteis para a empresa.

Para Denning, o resgate do foco no cliente é necessário para retomar as ideias rentáveis e impulsionar os funcionários. “O que separa as inovadoras vencedoras nos negócios não é começar com uma ideia e depois tentar vendê-la para alguém que quiser comprar. Elas começam na outra ponta, perguntam o que poderia agradar o consumidor em potencial e depois pensar formas de transformar isso em ondas sucessivas de inovação que irão satisfazer os usuários”, diz. E é por esse caminho, segundo ele,  que o Google precisa passar para ampliar seu leque de serviços que rendem dinheiro aos acionistas e felicidade aos consumidores.

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