São Paulo – Se existia alguma dúvida de que a General Motors está totalmente recuperada do inferno em que mergulhou em 2008, abatida pela crise financeira mundial, ela foi dirimida, nesta quinta-feira, com o resultado financeiro apresentado pela montadora referente ao ano de 2011.

A GM lucrou 7,6 bilhões de dólares, 62% a mais na comparação com o ano anterior. Mesmo com as incertezas econômicas no mercado europeu, onde a companhia apresentou perdas de 700 milhões de dólares, os ganhos da montadora americana foram recordes e serviram para corroborar que a quase falência, em 2009, ficou no passado.

Em 2009, a GM precisou pedir proteção contra falência na Justiça americana. A montadora chegou a receber cerca de 30 bilhões de dólares de ajuda do governo para honrar seus compromissos financeiros e reerguer suas operações. Fábricas foram fechadas e mais de 3.000 funcionários mandados para casa. Além de a companhia ter de revisar todas as suas operações internacionais.

Com a crise, a GM, que até então figurava como maior montadora do mundo, perdeu o posto em 2008 para a japonesa Toyota. Na ocasião também, a montadora suspendeu as negociação de seus papeis na bolsa. 

Volta por cima

No final de 2010, no entanto, as coisas começaram a se ajeitar para a GM. A companhia conseguiu reabrir seu capital na Bolsa de Nova York , arrecadando na ocasião 20,1 bilhões de dólares.  A operação marcou o fim de uma fase tenebrosa vivida pela montadora.

Neste mesmo ano, a companhia já dava indícios que estava conseguindo superar os problemas e, pela primeira vez depois da crise, apresentou lucro: 4,6 bilhões de dólares.

No entanto, foi em 2011 que as coisas se acertaram para a GM. A companha conseguiu retomar o posto de maior montadora do mundo, com a venda de mais de 9 milhões de veículos no ano passado e participação de quase 12% no mercado global.

Por meio de comunicado, divulgado nesta quinta-feira, Dan Akerson, CEO da companhia, afirmou que crescimento da GM no ano estava em linha com as expectativas da montadora.

“Ainda estamos trabalhando duro para eliminar a complexidade e os custos em toda a organização e aumentar nossas margens em todos os mercados que estamos presente. No geral, fizemos um bom progresso e temos ainda muito trabalho pela frente", disse o executivo, em nota.