Negócios

Por que 5 mil funcionários da Volkswagen e General Motors entraram em férias coletivas?

Stellantis, dona da Fiat, Peugeot e Citröen, também liberou dois turnos de trabalho nesta segunda

Na prática, com menos clientes comprando, as fábricas querem ajustar a produção à demanda mais fraca de vendas (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Na prática, com menos clientes comprando, as fábricas querem ajustar a produção à demanda mais fraca de vendas (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 27 de março de 2023 às 12h02.

Última atualização em 27 de março de 2023 às 12h20.

Esta segunda-feira marca o início do período de férias coletivas, anunciadas pelas montadoras Volkswagen e General Motors (GM) para milhares de trabalhadores do interior paulista. A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Peugeot e Citröen, também liberou dois turnos de trabalho nesta segunda, com retorno previsto para o dia 6 de abril.

Na fábrica da GM em São José dos Campos, a equipe de 3 mil funcionários (cerca de 80% da área de produção) volta apenas no dia 11 de abril, quando termina o ajuste na montagem da picape Chevrolet S10.

Já a Volkswagen confirmou dez dias de férias coletivas na fábrica de automóveis em Taubaté, para manutenção na linha de produção e por conta da instabilidade na cadeia de fornecimento.

Ao fim desses dez dias, um novo período de férias coletivas será adotado para 900 funcionários. Até o momento, as outras três fábricas da companhia no Brasil seguem operando normalmente.

A Hyundai também havia anunciado férias coletivas, que começaram no dia 20 de março e seguem até 2 de abril para os três turnos de produção e as equipes administrativas da fábrica de veículos em Piracicaba, interior de São Paulo, onde são produzidos os modelos HB20 e Creta.

Por que os funcionários da Volkswagen e General Motors entraram em férias coletivas?

Além da falta de componentes, que levaram a seguida paralisações das fábricas desde 2020, com a pandemia afetando a cadeia de componentes, desta vez também o cenário econômico de juros altos e inflação está pesando na decisão de interromper a produção. Na prática, com menos clientes comprando, as fábricas querem ajustar a produção à demanda mais fraca de vendas.

Recentemente, durante apresentação dos números de produção e vendas de veículos, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse que a redução da taxa de juro é fundamental para a volta do crescimento do setor.

"Se nós queremos crescer, retomar a indústria, com essa taxa de juro não vamos fazer. Engrossar o coro para redução dos juros é fundamental para o nosso crescimento", afirmou.

Fevereiro terminou com produção de 161,2 mil unidades, alta de 5,6% em relação a janeiro, quando foram produzidas 152,7 mil unidades. Já as vendas caíram em relação ao primeiro mês do ano. Foram 129,9 mil unidades vendidas frente às 142,9 mil em janeiro

Acompanhe tudo sobre:GM – General MotorsVolkswagenHyundaiStellantisCarrosVendasFuncionalismo

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação