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Por que as empresas erram na hora de avaliar os funcionários

Page Assessment revela que 80% das companhias avaliam funcionários informalmente no Brasil. E aponta como isso pode atrapalhar o desenvolvimento dos profissionais

Equipe desmotivada: a má avaliação dos funcionários faz com que empresas percam talentos  (GettyImages)

Equipe desmotivada: a má avaliação dos funcionários faz com que empresas percam talentos (GettyImages)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 08h00.

São Paulo – Todos os meses, praticamente metade das empresas do país avaliam seus funcionários. Mas a maneira como essas avaliações são feitas preocupa: 80% das companhias instaladas no país ainda utilizam métodos informais para avaliar pessoas, desenvolver líderes, reter talentos e planejar sucessão de cargos estratégicos. Isso quer dizer que a meritocracia, na prática, não tenha saído da teoria em algumas delas.

“E isso pode trazer um risco e tanto para as companhias”, defende Roberto Cunha, diretor executivo da Page Assessment, empresa associada ao Page Group especializada em avaliação de talentos e responsável pela pesquisa. O estudo foi feito com 206 diretores e gerentes de companhias de diversos portes instaladas no país, 40% delas nacionais e 60% multinacionais. 

De acordo com Cunha, sem uma avaliação bem feita fica impossível qualquer empresa gerenciar corretamente seu capital intelectual. Além do que, a companhia fica mais suscetível a cometer erros na gestão de pessoas, seja com a perda de talentos ou com a promoção de pessoas menos capacitadas para cargos estratégicos. 

“Essas ferramentas permitem conclusões mais assertivas e tomada de decisões baseadas em resultados e não em impressões pessoais individualizadas”, explica o consultor. Em outras palavras, criar um método de avaliação baseado em metas claras e diretrizes faz com que um bom funcionário seja reconhecido, mesmo que seu chefe direto não goste dele, nem seja seu amigo.

Essa falta de uma avaliação melhor embasada para capacitar pessoas faz com que o futuro de muitas companhias e de muitas carreiras possa estar em risco, acredita Cunha. Para ele, é preciso que as empresas passem a levar a sério o desafio de gerir e manter pessoas talentosas, ainda mais em um cenário cada vez mais competitivo. 

“É preciso identificar os talentos de cada profissional, agrupá-los nas áreas estratégicas da empresa e envolvê-los com a estratégia do grupo por meio de um plano de carreira atrativo”, analisa o executivo. 

Veja os principais pontos levantados na pesquisa:

As empresas não avaliam direito porque... 

  • Não há histórico dos motivos que levaram funcionários a saírem da empresa
  • Falta inovação nas práticas de Recursos Humanos
  • Investimentos são baixos para a área de gestão de pessoas
  • resultados das ferramentas de avaliação não são analisados

Com a avaliação elas teriam... 

  • Mais assertividade nos processos seletivos
  • Eficiência para definir como atrair, reter e treinar
  • Priorização de ações que tragam resultados de curto prazo
  • Dados precisos sobre a equipe para decisões em caso de expansão
  • Meritocracia, além de pessoas mais capacitadas.
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