São Paulo - Apesar de não ser mais tão raro encontrar empresas dispostas a abraçar mudanças profundas – como abrir mão da hierarquia e dos chefes, por exemplo – muitas delas ainda têm medo de transformações.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Forbes em parceria com a consultoria Medidata e divulgada nesta segunda-feira, só metade das companhias garantem que se adaptam bem a novas tecnologias e processos.
O estudo ouviu 106 executivos seniores de diversas indústrias nos Estados Unidos. Para a maioria (33%) deles, a principal barreira para implementar mudanças reestruturadoras são as visões conflitantes de integrantes da liderança executiva ou tomadores de decisões.
Em seguida, aparecem a falta de talentos internos para conduzir as modificações, citada por 28% e a falta de recursos e orçamento, apontada por 25%.
O caminho
Para que as transformações de fato deem certo, a maioria dos executivos (88%) concorda que é necessário ter os funcionários certos dedicados à implementação do projeto.
Além disso, 85% deles dizem que é preciso adequar os recursos ao programa de mudança desde o seu início e 82% acham que coletar dados para métricas durante o processo é crucial.
Entre os ouvidos, há uma divisão na hora de decidir o modo como as transformações devem ser repassadas a clientes e funcionários.
Enquanto 47% acham que os indivíduos podem decidir a melhor forma de lidar com o projeto, dentro de alguns parâmetros definidos, 53% acreditam que as pessoas precisam de uma chefia próxima e regras bem definidas.
Por que mudar?
Os principais motivadores de uma mudança radical nas empresas, segundo 37% dos entrevistados, são alterações regulatórias no mercado.
Em segundo lugar vem o aumento da concorrência, apontado por 33%. Depois, aparecem as novidades tecnológicas (32%) e as diferentes necessidades e expectativas dos consumidores.
-
1. Mais criativas
zoom_out_map
1/12 (Dreamstime.com)
São Paulo - Durante mais de seis meses, a equipe da
Fast Company analisou dados para reunir as 50
empresas que mais
inovam no mundo. De todo o material, foram recortadas as dez companhias mais inovadoras da América do Sul, das quais seis são brasileiras. Os motivos que as colocam na
lista vão desde o desenvolvimento de produtos revolucionários até a criação de sistemas para diminuir a burocracia. Confira:
-
2. 1. Braskem
zoom_out_map
2/12 (Divulgação/Braskem)
País: Brasil Por que está na lista: em vez de petróleo, a petroquímica começou a usar a cana de açúcar na produção de plástico. Em 2013, a empresa desenvolveu uma linha de plástico renovável de baixa densidade para sacolas de compras.
-
3. 2. BCMF Arquitetos
zoom_out_map
3/12 (Divulgação)
País: Brasil Por que está na lista: o escritório desenhou o primeiro estádio de futebol totalmente movido a energia solar, o Mineirão. Responsável pela reforma da arena, a empresa aproveitou a estrutura original, mas acrescentou um novo teto com painéis solares. O estádio também reaproveitará a água da chuva.
-
4. 3. Magazine Luiza
zoom_out_map
4/12 (Antonio Milena/EXAME)
País: Brasil Por que está na lista: a companhia foi pioneira no conceito de "loja virtual", lançado nos anos 90, pelo qual o cliente pode testar o produto em uma loja física e fazer a compra online. No ano passado, a rede de varejo abriu uma loja virtual na favela de Heliópolis, onde também oferece cursos e eventos à comunidade.
-
5. 4. Wayra
zoom_out_map
5/12 (Divulgação/Wayra)
País: Colômbia Por que está na lista: criada por José María Álvares-Pallete, diretor de operações da Telefónica, a organização fornece ferramentas tecnológicas, espaços de trabalho e mentores qualificados a startups com foco internet e tecnologia da comunicação. O objetivo é dar suporte para que empreendores talentosos não precisem deixar a América Latina para tocar seus projetos. As operações da Wayra começaram na Colômbia e hoje estão presentes no México, Peru, Argentina, Venezuela, Chile e no Brasil.
-
6. 5. Monte Alto Renovable
zoom_out_map
6/12 (Divulgação/The Singular Patagonia)
País: Chile Porque está na lista: a empresa ajuda hotéis e comunidades a adotarem serviços de energia de biomassa. Ela administra gastos iniciais com a energia renovável, financia compras de equipamentos, instalação e manutenção em troca de contratos de abastecimento de combustível de longo prazo. A companhia lançou o seu primeiro projeto comercial no ano passado e espera substituir aproximadamente 1 milhão de quilowatts-hora (Kwh) de energia produzida por diesel por energia de biomassa, o que significa a não emissão de até 8 mil toneladas de dióxido de carbono ao ano e uma economia de 50 mil dólares com combustíveis anualmente.
-
7. 6. Globant
zoom_out_map
7/12 (Divulgação)
País: Argentina Por que está na lista: ela pode ser a primeira empresa argentina listada na Bolsa de Nova York, caso lance sua IPO registrada em 86 bilhões de dólares esse ano. Com clientes como Google e Zynga, a desenvolvedora de software coloca seus 2,8 mil funcionários para trabalhar em módulos de criação que passam por games, computação em nuvem e experiência do consumidor.
-
8. 7. ContaAzul
zoom_out_map
8/12 (Divulgação)
País: Brasil Por que está na lista: a companhia oferece um sistema online que gerencia questões como o fluxo de caixa, vendas, clientes e documentos, ajudando principalmente pequenas empresas a lidar com a burocracia. Em 2011, a ContaAzul lançou também um programa para certificar consultores de negócios no Brasil.
-
9. 8. Samba Tech
zoom_out_map
9/12 (Germano Lüders/EXAME.com)
País: Brasil Por que está na lista: a empresa é a maior plataforma de vídeos oline da América Latina e gerencia conteúdo de nomes como Samsung e Playboy. É focada em transmissão ao vivo, ensino à distância e web TV. No ano passado, a companhia se tornou uma holding que fornece tecnologia para desenvolver soluções internas para startups e outras empresas. Nesta segunda-feira, a Samba Tech anunciou uma parceria com a Amazon Web Services que permitirá que a plataforma suporte até 300 milhões de vídeos visualidos por mês.
-
10. 9. Tátil Design
zoom_out_map
10/12 (Divulgação)
País: Brasil Por que está na lista: no ano passado, a empresa desenvolveu as embalagens da linha de produtos "Sou", da Natura. O novo design, com 70% a menos de plástico, é flexível e permite que o produto seja extraído até a última gota. A Tátil Design também foi a responsável por elaborar os logos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
-
11. 10. Advanced Innovation Center
zoom_out_map
11/12 (Stock.Xchange)
País: Chile Por que está na lista: o centro desenvolve soluções para problemas em escala mundial usando uma combinação de ciência avançada com indústria e matemática. Um de seus maiores produtos é o Plasma, um sistema de saneamento de água que envolve oxidação, ionização e raios ultra-violetas para eliminar micróbios. Com a tecnologia, é possível purificar 35 litros de água em cinco minutos.
-
12. Agora veja 5 empresas que incentivam a busca pela cultura entre suas equipes
zoom_out_map
12/12 (Jemal Countess/Getty Images)