Negócios

Por que a Swatch quer deixar de abastecer seus concorrentes

Fabricante de relógios é responsável por fornecer 60% das peças que movimentam o mercado relojoeiro na Suíça


	Swatch: companhia quer parar de abastecer seus concorrentes
 (Divulgação/Swatch)

Swatch: companhia quer parar de abastecer seus concorrentes (Divulgação/Swatch)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 12 de julho de 2013 às 12h45.

São Paulo - A Swatch é a principal marca de relógios na Suíça e, por essa razão, tem a obrigação de fornecer aos seus concorrentes materiais para que eles possam montar seus próprios relógios. Insatisfeita, a companhia luta na Justiça para mudar esse cenário e ao menos tentar diminuir o volume do abastecimento.

Nesta semana, a Weko, comissão de concorrência suíça, negou o pedido da Swatch de diminuir para 70% o volume de fornecimento a partir de 2014 e propôs uma redução para 75%. Atualmente, a Swatch é responsável por cerca de 60% do abastecimento da indústria de relógios no país.

A Swatch alega que indiretamente tem financiado as pesquisas e novas tecnologias de seus rivais. "A falta de interesse das companhias relojoeiras na Suíça para se tornarem mais independente do nosso grupo é incrível", afirmou Nick Hayek, chefe-executivo da empresa, à imprensa, após a decisão da Weko.

Com a redução das peças usadas para abastecer outras marcas de relógios, a Swatch quer intensificar a produção de seus próprios produtos e assim aumentar suas margens. Especialistas desse mercado acreditam, no entanto, que somente em 2030 ela vai conseguir se livrar de uma vez dessa atual condição.

Há pelo menos 30 anos, a Swatch detém a maior fatia do mercado de relógios na Suíça. A companhia foi a única no país que conseguiu driblar a concorrência japonesa no início da década de 80.

Acompanhe tudo sobre:EuropaPaíses ricosRelógiosSuíçaSwatch

Mais de Negócios

Ele criou um tênis que se calça sozinho. E esta marca tem tudo para ser o novo fenômeno dos calçados

30 franquias baratas a partir de R$ 4.900 com desconto na Black Friday

Ela transformou um podcast sobre namoro em um negócio de R$ 650 milhões

Eles criaram um negócio milionário para médicos que odeiam a burocracia