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Por que a Sony escolheu fazer o Playstation 4 no Brasil

Segundo o diretor de games da Sony, o país é “um mercado relevante para a Sony, não só em volume de vendas”

Playstation 4: fonte disse que a Game estava perto de nomear consultores para uma oferta pública inicial de ações, esperada para acontecer ainda este ano (Simon Dawson/Bloomberg)

Playstation 4: fonte disse que a Game estava perto de nomear consultores para uma oferta pública inicial de ações, esperada para acontecer ainda este ano (Simon Dawson/Bloomberg)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 19 de junho de 2015 às 09h00.

São Paulo - A Sony decidiu trazer a fabricação do Playsation 4 para cá por causa dos altos impostos de importação, que tornavam o preço insustentável, e por causa da importância do mercado brasileiro para a empresa.

Assim, o Brasil será o único país, fora a China, que irá produzir o Playstation 4. O videogame será montado pela Flextronic, que tem clientes como Apple, HP, Intel e Lenovo, na Zona Franca de Manaus. As peças ainda virão da China.

Com a mudança, alguns impostos serão reduzidos e os custos também irão cair, segundo o diretor nacional de games da Sony, Anderson Gracias.

Sobre o preço, Gracias diz que “essa é a grande expectativa. Não anunciamos ainda, pois está muito longe do lançamento, em outubro”. O diretor diz que a variação cambial ainda pode impactar o preço final, mas que “a redução será significativa”.

Quando o jogo foi lançado em 2013 pelo valor de 4 mil reais, consumidores protestaram por causa do preço alto. Gracias afirma que, na época, a Sony detalhou cada elemento escondido no preço e diz que o grande vilão era o alto imposto de importação.

No tempo que se seguiu o lançamento, o preço do console caiu em diversas lojas, ainda que o valor oficial tenha se mantido inalterado. Para ele, os produtos com valores mais baixos chegam através de importadores independentes.

No entanto, o modelo de importação não estava adequado, diz Gracias. “O preço não estava funcionando”, diz. As soluções poderiam ser subsidiar o produto pesadamente e perder muito dinheiro ou produzi-lo localmente.

Optaram pela segunda opção. Segundo Gracias, o Brasil é “um mercado relevante para a Sony, não só em volume de vendas”. Para ele, o consumidor brasileiro é ainda mais apaixonado pela marca do que em outros países.

Nintendo

Enquanto os impostos pesados de importação incentivaram a vinda da produção do PlayStation 4 para o Brasil, afastaram a Nintendo, outra fabricante de jogos.

Em janeiro, a companhia anunciou que não iria mais distribuir seus consoles e jogos no país. A companhia afirmou que as altas tarifas sobre importação do setor e a decisão de não ter fábrica no país pesaram na decisão.

“Infelizmente, desafios no ambiente local de negócios fizeram nosso modelo de distribuição atual no país insustentável”, disse Bill van Zyll, diretor e gerente geral para América Latina da Nintendo América, em comunicado.

Além da saída do Brasil, a dona do Wii está com dificuldades nas vendas globais. Recentemente, a empresa cortou as projeções de lucro para o ano pela metade. A perspectiva de vendas caiu 7%.

Segundo a Bloomberg, nem mesmo os novos títulos com o personagem Mario são capazes de convencer os consumidores a escolherem seu console, o Wii U.

A estratégia do presidente Satoru Iwata de atrair compradores de consoles com títulos como Super Smash Bros. e Mario Kart 8 está mostrando ter limites, de acordo com o veículo.

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