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Por que Olympus é cobiçada por Samsung, Panasonic e Sony

Um escândalo contábil bilionário e um segmento de negócio em decadência não tiram o charme da Olympus

Olympus: a parte boa da empresa é a que menos aparece (Divulgação)

Olympus: a parte boa da empresa é a que menos aparece (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 11h19.

São Paulo – Se fosse o presidente de uma empresa, você compraria a combalida Olympus? Uma empresa que ocultou uma fraude de 1,7 bilhão de dólares por uma década e cujo conselho derrubou um CEO que queria pôr a casa em ordem? Além do mais, o negócio de máquinas fotográficas da Olympus parece seguir os passos da Kodak: o fracasso.

Antes de responder um taxativo não, pense bem. Afinal, a Samsung, a Sony, a Panasonic e a Fujifilm estão olhando a Olympus com bastante interesse. De acordo com a agência de notícias Reuters, a Samsung é a mais recente candidata a cortejar a empresa japonesa, e não descartar unir as operações.

Como toda empresa, a Olympus tem suas partes boas e ruins. A ruim é a mais conhecida – o negócio de máquinas fotográficas. Mas a boa e mais lucrativa não atrai tanto os holofotes: a companhia ganha muito dinheiro com equipamentos de imagem para diagnósticos médicos. Uma área em que é líder mundial, por exemplo, é a de aparelhos para endoscopia, o tipo de tecnologia de ponta lucrativo e visto como um mercado estável.

Boa imagem

O interesse da Samsung é, justamente, unir-se à Olympus para criar uma potência no mercado de diagnósticos por imagem. Há tempos, é pública a intenção da Samsung de assumir a liderança desse setor, já que ela já ocupa um lugar de destaque em outros mercados, como o de TVs e celulares. E, claro, os coreanos não querem sequer iniciar uma conversa sobre a aquisição da divisão de máquinas fotográficas.

O jornal japonês Asahi Shimbum também lista a Sony, a Panasonic e a Fujifilm como interessadas na companhia. Todas foram atraídas pelas mesmas razões da Samsung. Segundo a publicação, o acordo mais difícil seria com a Fujifilm. Juntas, elas deteriam quase 80% do mercado de diagnósticos de endoscopia – algo bem improvável de passar pelas autoridades antitruste.

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