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A empresa dela foi adquirida pela Pepsi por US$ 2 bi. Ela conta como conquistou a gigante

A Pepsi anunciou recentemente a compra da Poppi, marca de refrigerantes prebióticos, por US$ 1,95 bilhão; a fundadora conta como chegou até lá

Allison Ellsworth, fundadora da Poppi: empreendedora criou a marca com o intuito de ter uma linha de 'refrigerantes saudáveis' (Vivien Killilea/Getty Images)

Allison Ellsworth, fundadora da Poppi: empreendedora criou a marca com o intuito de ter uma linha de 'refrigerantes saudáveis' (Vivien Killilea/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 30 de março de 2025 às 07h29.

Na semana passada, a Pepsi deu um passo importante no mercado de bebidas com a aquisição da Poppi, uma marca de refrigerantes prebióticos (ou seja, que equilibram a flora intestinal). A negociação foi fechada por US$ 1,95 bilhão e marca uma nova fase para a empresa fundada por Allison Ellsworth e seu marido, Stephen.

Publicada no site americano Business Insider, a história de Ellsworth é uma prova de como perseverança e adaptação podem alavancar boas ideias e criar negócios bilionários.

Fundada em 2016, a Poppi começou com o intuito de criar uma alternativa saudável aos refrigerantes tradicionais. "Eu sempre fui fã de refrigerante, mas não conseguia encontrar uma opção melhor", disse a empreendedora. Sua jornada começou na cozinha de casa, onde ela e Stephen criaram o primeiro protótipo da bebida. "Eu usava o Stephen como cobaia".

No início, a empresa foi chamada de Mother Beverage, mas após um investimento no programa de TV Shark Tank, a marca passou por uma transformação significativa. O nome foi alterado para Poppi e relançado em 2020.

Com uma proposta focada em saúde intestinal, a bebida foi rapidamente ganhando popularidade, especialmente entre os consumidores mais jovens, que buscavam alternativas mais naturais aos refrigerantes comuns.

A Poppi na mira da Pepsi

O sucesso da Poppi não passou despercebido. Em março de 2025, a Pepsi anunciou a compra da marca por US$ 1,95 bilhão, em uma aquisição que ainda depende de aprovação regulatória. A estratégia da gigante de bebidas, que já vinha investindo em alternativas mais saudáveis, agora ganha um reforço significativo com o portfólio de bebidas prebióticas da Poppi.

"Este é um momento muito importante para nós", afirma Ellsworth. "Não se trata apenas de vender uma empresa, mas de dar continuidade a uma missão que sempre acreditamos: oferecer aos consumidores uma escolha saudável e saborosa". Ela ressalta que o caminho até essa aquisição não foi fácil. "Passamos por muita prova, rebranding e adaptação, mas sempre focamos no que acreditamos", conta ela.

Poppi: marca de refrigerantes prebióticos pode expandir para outros países em breve (Spencer Platt /Getty Images)

O segredo por trás da trajetória

O sucesso da Poppi não veio apenas de um bom produto, mas também de uma estratégia bem executada de comunicação e marketing. Com mais de dois bilhões de visualizações no TikTok, Ellsworth soube como alavancar as redes sociais para criar uma conexão verdadeira com o público. “Acho que minha força sempre foi a autenticidade. Eu me mostro como sou, sem filtro. Isso cria uma relação mais forte com as pessoas”, explica.

Aliado a isso, o trabalho em equipe também foi essencial. “Nosso time sempre teve um foco claro em manter a cultura da empresa enquanto crescíamos. Conseguimos formar um time que acredita na mesma visão”, diz ela. A Poppi cresceu de dois funcionários para mais de 200 em quatro anos.

O futuro da Poppi e da marca

Com a aquisição pela Pepsi, o futuro da Poppi promete ser ainda mais promissor. Allison e Stephen continuarão envolvidos no desenvolvimento da marca, agora com o suporte de uma gigante global. "O que queremos agora é levar Poppi para o mundo todo", afirma ela. A marca já tem presença em diversos mercados nos Estados Unidos e está começando a expandir para outros países.

Além disso, Allison não pretende mudar sua abordagem para os negócios. "Eu sou uma pessoa caótica, não tenho uma rotina definida, mas sei que cada momento conta. Nossa visão nunca vai mudar", diz.

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