Negócios

Popó X Grillo: quem é o empresário catarinense que vai encarar o ex-campeão mundial

Fundador da Danki Code, o empresário Guilherme Grillo vai enfrentar o Popó, em luta em Santa Catarina

O empresário encara o ex-campeão de boxe em luta no próximo dia 23, em Florianópolis, Santa Catarina (Danki Code/Divulgação)

O empresário encara o ex-campeão de boxe em luta no próximo dia 23, em Florianópolis, Santa Catarina (Danki Code/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 5 de março de 2024 às 19h14.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 21h38.

O próximo desafiante de Acelino Popó Freitas não será comediante, nem ex-BBB. Será um empresário que construiu a trajetória com tecnologia de inteligência artificial. Trata-se do empresário Guilherme Grillo, de Florianópolis, em Santa Catarina.

Autodidata, ele começou a programar aos 13 anos e logo estava desenvolvendo sites e games. Em 2017, fundou a Danki Code, uma plataforma para oferecer cursos de tecnologia à distância.

Inicialmente pensada para ensinar programação e desenvolvimento de apps e sites, a empresa avançou logo no começou da pandemia, em 2020, para um modelo de marketplace com cursos que incluem marketing digital, gestão das redes sociais e software de gestão. 

Quer dicas para decolar o seu negócio? Receba informações exclusivas de empreendedorismo no seu WhatsApp. Participe já do canal Exame Empreenda

"Antes, eu fazia tudo sozinho e automatizava os processos. Quando eu abri a plataforma e possibilitei a entrada de novos instrutores, nós batemos um milhão de alunos", afirma Grillo.

O crescimento acompanhou a corrida dos brasileiros em busca de aprendizado em TI ou STEAM - sigla para as áreas de tecnologia, artes, ciências e engenharia.

Com o boom de OpenAI e o seu ChatGPT, a Danki fez um novo movimento e tem diversificado com produtos e serviços de IA generativa. A divisão dialoga com o mercado corporativo, oferecendo aplicativos para facilitar a rotina dos negócios, principalmente em questões mais burocráticas e conversacionais. O empresário não abre números de faturamento.

Entre um código e outro, Grillo sempre preservou o hábito de praticar esportes. Por um tempo, jogou tênis e até foi aos Estados Unidos em busca da profissionalização. Quando retornou ao Brasil e abriu a Danki, apareceu o muay thai, esporte que serve de base para o desafio dos próximos dias.

A luta marcará o retorno ao ringue de Popó após o ex-tetra campeão do mundo, entre trocas de ofensas e muita exposição midiática, ter nocauteado Kléber Bambam em apenas 36 segundos. Grillo afirma estar preparado para resistir mais -- e tem a inteligência artificial como aliada. 

Como a história começou

“Eu estava com o meu treinador e ele falou que um monte de gente desafiava o Popó e corria porque só queria mídia. E eu disse: ‘eu posso lutar com ele e fazer melhor do que isso aí”, afirma.  

Era o começo da história e da preparação para a luta que acontecerá no próximo dia 23, em Florianópolis, Santa Catarina. Grillo marcou Popó em post no Instagram, que aceitou o desafio. Nos últimos sete meses, o empresário, que treina muay thai há mais de 10 anos, tem se preparado para o embate com o ex-atleta com muito treino para aprender boxe.  

“Naquele dia, quando começou a história da luta, eu já podia enfrentar, e só não ia ter o boxe. Mas eu ia tomar golpes dele e ia durar uns 10 rounds. Depois disso, nós assinamos o contrato da luta, a princípio fechada, porque eu só queria me testar. Eu, literalmente, não ligo para a mídia”, afirma confiante.

Desde o singelo post, o evento cresceu e conta um card com outras cinco lutas na card e ingressos que chegam a custar até R$ 1.000, no espaço mais privilegiado do Stage Music Park, localizado em Jurerê Internacional. A estrutura do evento está sendo bancada pelo empresário. O nome, inclusive, ficou “Danki Fight Show”. 

IA e os movimentos 

“Eu falo que as empresas patrocinam, mas as empresas são minhas, é dinheiro do meu bolso. Eu sou o dono do evento”, diz, aos risos. Questionado sobre a participação do Popó, ele não revela como funciona o acordo.“Ele foi pago para vir me bater, basicamente”. 

Apesar da confiança com as habilidades adquiridas com os anos de prática do muay thai, Grillo tem usado os recursos da tecnologia para não passar vergonha em público, assim como outros adversários recentes. 

O empreendedor tem aplicado processos de inteligência artificial para acompanhar os seus movimentos e observar eventuais pontos de melhora. E, claro, analisado o comportamento do oponente nas lutas para saber como surpreender. “Daí, fica em segredo”, diz Grillo.  

Acompanhe tudo sobre:TecnologiaBoxe

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação